Eduarda Rabello, uma brasileira que vive em Portugal, contou que a portuguesa racista com os filhos de Giovanna Ewbank já a havia ofendido no começo do ano. As informações são da coluna Leo Dias, do Metrópoles.
A brasileira enviou vídeos de março de 2022 que mostram a portuguesa gritando: “Brasileiros vão para o Brasil”. Momentos antes, a criminosa teria começado uma discussão com a residente e seus amigos, também brasileiros, em um bar. A tensão teria aumentado, o que levou a agressora a, supostamente, tentar jogar uma cadeira em sua direção.
“[Eu] estava no bar que um amigo trabalha e ela começou a se exaltar. Quando ela saiu, eu estava lá fora com uns amigos brasileiros e ela já começou a gritar falando: ‘brasileiros, vá pro Brasil’. Depois de um tempo de discussão, ela tentou jogar uma cadeira em mim, que não acertou, e continuou xingando e falando para nós brasileiros irmos para o Brasil”, relatou.
Eduarda disse que chamou a polícia, mas isso não fez com que a mulher se acalmasse. Na verdade, a portuguesa teria provocado os agentes de segurança também.
“Ela ficou gritando: ‘Me leva pra esquadra (delegacia em Portugal), lá é minha casa’. Também disse para os policiais que ela não ia levar eles a sério, porque tinham cara de taxistas”, completou.
A brasileira, no entanto, não prestou queixa na delegacia, pois os policiais do local teriam dito que o caso “não iria dar em nada” e era “uma perda de tempo”.
Rabello ainda informou que não conseguiu identificar o nome da mulher, já que ela não estava com seu documento, mas disse estar disposta a ajudar Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso na investigação, se oferecendo para prestar depoimento e dar provas de reincidência de crimes de preconceito.
MOTIVO DA PRISÃO
Racismo? Injúria racial? Nada disso. Com exclusividade, a coluna descobriu o real motivo da prisão de uma mulher que insultou os filhos da atriz Giovanna Ewbank, 35, e do ator Bruno Gagliasso, 40, em um restaurante localizado em Portugal, no último sábado (30).
Em conversa com a coluna, o jornalista português Miguel Dantas, do jornal “Público”, revelou que a mulher foi detida por “insultos e injúrias” proferidas aos policiais que atenderam ao chamado. Ou seja, a prisão não ocorreu em razão das ofensas às crianças Titi, 9 anos, e Bless, 7.
Além disso, Miguel Dantas diz que, no ato da prisão, foi constatado que a mulher estava alcoolizada. Apesar de tudo, ela já foi liberada. “Este tem sido o tema do dia em Portugal”, afirma o jornalista, antes de acrescentar: “A maioria das pessoas tem condenado os atos racistas.”
Acompanhando o caso in loco, Dantas ressalta que “há testemunhas que corroboram os relatos” de que a mulher proferiu palavras racistas contra os filhos do casal brasileiro.