Moradores de Petrópolis (RJ) vêm reclamando da atuação do exército nas regiões atingidas pelas chuvas dos últimos dias. Isso porque a população tem sentido falta da presença dos homens de farda no local.
No último domingo (20), a promessa era que oficiais estariam em dois locais da região atingida, sendo um deles na rua Sargento Boening e outro no Morro da Oficina. Mas uma reportagem da ‘TAB’, que fez o mesmo trajeto que os homens do exército deveriam fazer, não encontrou nem 50 soldados. Ao serem questionados, esses oficiais disseram “não estarem autorizados a falar com a imprensa”.
A população de Petrópolis, no entanto, começou a questionar a presença dos militares, que não eram encontrados nos pontos mais atingidos pelo desastre ambiental. Os poucos soldados que estavam ali, de acordo com a população, não eram o suficiente para ajudar.
A reportagem também relata que os moradores e voluntários utilizam portas improvisadas, pedras para formar caminhos e cordas para descerem muros e tentar desviar do lamaçal. Quatro voluntários e cerca de dez moradores também procuravam corpos em determinada região
Uma moradora, ao ser questionada sobre a presença do exército, desabafou: “O exército? Até passaram por aqui ontem, mas subiram lá para cima”. Outro morador reclamou: “Em vez de ficarem fingindo orientar o trânsito, deviam pegar na enxada aqui em cima.”
Questionada sobre a ajuda militar, a prefeitura de Petrópolis disse que “essas informações viriam do próprio setor de comunicação do Comando Militar do Leste”.
NOTA DO EXÉRCITO
Procurado pela pela equipe de reportagem da ‘TAB’, a resposta do Comando Conjunto Leste (CCj L), afirmou que “cerca de mil militares estão sendo empregados em ações que buscam o apoio, resgate, desobstrução de vias de acesso, remoção de escombros, controle de trânsito e do espaço aéreo, doação e distribuição de donativos, atendimentos médicos, entre outras atividades operacionais e assistenciais”.
Já as Forças Armadas, por meio de uma nota, informaram que: “ viaturas, materiais como motosserras, equipamentos de comunicações, diversas pessoas e helicópteros. Assim como meios profissionais, incluindo engenheiros e equipes de saúde. que prestaram apoio desde as primeiras horas após as fortes chuvas, em quaisquer condições de auxiliar a população, em parceria com outras entidades civis e militares”.