Mário Frias, que hoje ocupa o cargo de Secretário Especial de Cultura, pode deixar a pasta após o desgaste uma viagem para Nova Iorque, em dezembro de 2021, causou a sua imagem.
De acordo com o jornal ‘Folha de S.Paulo’, quatro servidores de diferentes órgãos do governo, e um outro ligado à pasta, falaram de forma anônima que já “dão como certa” a saída de Frias da Secretaria da Cultura. Para seu lugar, já está sendo cogitado o nome de Larissa Peixoto Dutra, atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que assumiria o novo posto do governo já no início do mês de março.
Frias vem sofrendo desgaste no governo, e sua imagem está arranhada diante da opinião pública, após ter ido viajar para se encontrar com o lutador Renzo Gracie. Segundo o Portal da Transparência, a ida até Nova Iorque foi marcada como ‘urgente’, apesar de poder ter sido resolvida por vídeo chamada.
ENTENDA
Na ocasião Frias, levou com ele o secretário adjunto Hélio Ferraz de Oliveira. A passagem aérea de cada um, em classe executiva, custou R$ 26 mil, além dos gastos de mais de R$ 12,8 mil em diárias de hotel, somando no total o valor de R$ 78 mil.
O governo Bolsonaro também cogita trocar André Porciuncula, o ex-PM que hoje comanda a Lei Rouanet. No lugar dele entraria Roger Alves Vieira, que está na Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, (SEFIC).
Vale lembrar que o Secretário Especial de Cultura foi cortado da viagem que o presidente fez a Rússia, justamente pelo fato do envolvimento dele na polêmica viagem a Nova Iorque.
Em nota, Frias declarou: “Devido a orientação da presidência, que solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para a Rússia e Hungria, não havia mais sentido manter a viagem para agenda apenas na Polônia, sendo essa então cancelada para remarcar em outra data”.
Procurada pela Folha de S. Paulo, a Secretaria Especial de Cultura não confirmou a saída do secretário.