Conhecido na comunidade gamer por conquistar o topo do ranking de ‘Free Fire‘, Neto Silva surpreendeu ao revelar ter sido diagnosticado com osteoporose, uma doença comum em idosos, mesmo tendo apenas 21 anos. E o problema ósseo surgiu por um hábito nada saudável: o consumo de cerca de três litros de refrigerante todos os dias.
Em entrevista ao portal R7, o mineiro contou que, além do alto consumo da bebida, era rotina ingerir grandes quantidades de café e energético. Tudo isso visando se manter acordado por cerca de 18 horas em frente ao computador.
“Cheguei até a substituir a água para beber refrigerante”, confessou o influenciador, que alega ter faturado mais de R$1 milhão graças ao jogo online. No entanto, a rotina de sedentarismo e má alimentação custou caro: “Um dia, inventei de sair para correr e comecei a torcer os pés logo nos primeiros passos”, lembra.
Os médicos responsáveis pelo atendimento diagnosticaram o gamer com osteoporose primária do tipo 2, conhecida como osteoporose senil. Mais comum em pessoas acima de 70 anos, a doença também está relacionada a falta de cálcio – como era o caso de Neto.
E a falta deste nutriente foi proporcionada justamente pelo refrigerante, já que a bebida dificulta a absorção do cálcio pelo organismo. Com isso, ainda de acordo com os profissionais, a doença conhecida pelo enfraquecimento dos ossos foi a responsável por fragilizar o tornozelo do jovem e facilitar a torção.
Mas afinal, além do caso citado, quais outros riscos para a saúde o consumo elevado de refrigerante oferece? Há um limite aceitável da bebida diariamente? Versões diets, lights ou zero são mais indicadas do que as tradicionais?
DOENÇAS
Segundo a nutricionista Thais Barca, especialista na área funcional e esportiva, altos níveis de ingestão de refrigerante, geralmente aliados à ausência de hidratação com água, trazem múltiplos riscos para a saúde. Isso inclui:
- obesidade
- diabetes tipo 2
- cáries
- problemas cardíacos
- doenças renais
- insônia e distúrbios de sono
Os quatro primeiros são diretamente relacionados ao consumo excessivo de açúcar, ingrediente adicionado nesse tipo de bebida. Já os problemas renais são ligados ao gás do líquido, enquanto a insônia e distúrbios de sono são proporcionados pela cafeína presente no refrigerantes a base de cola.
QUANTIDADE MÁXIMA?
Quando questionada sobre uma quantidade máxima a ser ingerida sem representar riscos a saúde, a nutricionista afirma não existir um número mágico. Como cada organismo reage de maneira diferente aos alimentos e bebidas recebidos, o recomendado é evitar ao máximo.
“O que pode ser pouco para um, é muito para outro. Depende de muitos fatores, como a predisposição a algumas doenças ou fatores de risco. O ideal é que exista um estilo de vida saudável, sono de qualidade e, se houver desejo de beber refrigerante, pouca quantidade e pontualmente.
SINTOMAS
Assim como a quantidade ingerida, os sintomas de que possíveis malefícios da bebida já estão afetando negativamente o corpo também variam de pessoa para pessoa. No entanto, alguns sinais são mais comuns: aumento de peso, especialmente na região abdominal, fadiga, sede excessiva e dificuldades para dormir são alguns que se destacam.
DÁ PARA SUBSTITUIR?
Ao contrário do imaginado por algumas pessoas, as famosas versões lights, diets ou até zero da bebida, também passam longe de serem saudáveis. Ainda que menos prejudiciais do que a versão tradicional, o consumo excessivo também irá ocasionar problemas na saúde.
Apesar de serem reduzidas em açúcares, as versões diet e light podem ser adoçadas com outros ingredientes prejudiciais. Depressão, tontura, ganho de peso e problemas gastrointestinais são alguns das questões trazidas pelos adoçantes artificiais.
Por isso, além da busca por profissionais especializados, alguns hábitos são indicados para os mais viciados em refrigerante ou acostumados a fazer refeições acompanhadas com a bebida. Água, chás, sucos naturais de fruta, ou até mesmo água com gás combinada com sucos – para simular o sabor de um refrigerante- são algumas das técnicas indicadas pela nutricionista.
No entanto, ela reforça que as dicas são apenas para pacientes que buscam saídas para trocar o refrigerante por soluções mais saudáveis, já que o ideal é evitar a ingestão de bebidas enquanto se alimenta.