A modelo Yasmin Brunet, participante do ‘BBB 24’, revelou no programa que sofre de “questões alimentares” e, por estar ansiosa, tem descontado na comida. A AnaMaria Digital consultou o psiquiatra Higor Caldato, para saber sobre o caso.
Ele explica que a compulsão alimentar não é motivada pela fome fisiológica, e sim motivada por questões emocionais. “A comida pode funcionar como uma maneira imediata de encontrar prazer e portanto, reduzir ou disfarçar momentaneamente os sintomas de ansiedade. O alimento estimula a liberação de dopamina, um neurotransmissor que faz parte do sistema de recompensa, trazendo uma sensação de bem-estar para a pessoa”, disse ele.
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O episódio de compulsão alimentar se refere a ingestão de uma quantidade de comida muito maior do que a maioria das pessoas comeria em um intervalo de tempo de aproximadamente duas horas naquela mesma circunstância, com a sensação de falta de controle, não conseguindo evitar ou parar de comer.
Caldato diz que além dos sintomas referidos acima, a pessoa geralmente come até ficar extremamente cheia, pode passar mal, come escondido com vergonha da quantidade de comida que está ingerindo, come mais rapidamente do que o normal e principalmente, há presença de pensamentos depressivos e ansiosos.
Os casos podem ser espontâneos ou planejados. Nenhuma compensação está envolvida, mas o jejum esporádico ou a repetição de dietas podem estar envolvidos como motivadores para o desenvolvimento dos episódios compulsivos.
O transtorno de compulsão alimentar é normalmente diagnosticado quando episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, pelo menos uma vez por semana durante três meses. Mas mesmo com menor frequência, esses episódios devem ser considerados e tratados, pois já sinalizam uma relação transtornada com a alimentação.
O tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, com experiência em casos do tipo, com abordagens psicoterápicas, monitoramento físico, abordagem nutricional e uso de medicamentos para casos analisados individualmente.