“É possível sair de férias e retornar sem dívidas?”
P. H., por e-mail
Boa notícia: sim! No entanto, é necessário planejamento e disciplina. Para começar, idealize as férias sempre com antecedência. Assim, você
economizará, evitando o parcelamento, o pagamento de juros e as dívidas! Mas não será apenas a disposição para guardar dinheiro e pagar à vista que fará com que as férias sejam financeiramente saudáveis. A escolha da viagem, desde a seleção do destino à compra das passagens, passando pela decisão dos passeios e da hospedagem, também é fundamental. Em primeiro lugar, defina um destino que seja condizente com o seu orçamento. Sonha em fazer uma viagem para fora do país, mas só tem dinheiro para ficar perto da sua cidade? Então, faça um trajeto mais modesto. Ou, então, decida não viajar por uma ou duas temporadas, aproveitando a sua cidade natal, até que você
tenha dinheiro suficiente para fazer a viagem dos seus planos. E não se esqueça: pequenas atitudes podem fazer bastante diferença no valor total. Por exemplo, procure passagens em horários alternativos e considere opções de hotéis mais modestos, além de albergues. Lembre-se de levar em conta também o valor do transporte até os pontos turísticos. Por fim, faça uma planilha com todos os gastos adicionais que você
terá durante a viagem. Inclua, além da hospedagem e do transporte, os valores a serem gastos com alimentação, passeios e até mesmo com possíveis compras. Uma boa pesquisa pela internet lhe dará uma estimativa razoável desses valores. Vale considerar que os investimentos não planejados podem fazer uma diferença significativa no valor total da sua programação, aumentando, inclusive, o risco de que o retorno das férias seja cheio de dívidas.
Mas estão dividindo em várias vezes!!!
Você está planejando as férias e depara com as agências oferecendo parcelamentos para a viagem dos sonhos. Cuidado! Se precisa parcelar, talvez seja melhor deixar o plano para o ano que vem! Além disso, as viagens têm gastos não incluídos no pacote, como alimentação e passeios, e que podem gerar ainda mais dívidas. Não vale a pena viajar agora e pagar até as próximas férias, né?
Quando devo comprar dólares?
Por conta dos inúmeros fatores que afetam as cotações, ninguém tem absoluta certeza se o valor do dólar estará mais ou menos atrativo nos próximos dias ou meses. Nem os economistas! Então, a melhor saída é ficar de olho. Cada vez que a cotação ficar favorável você compra um pouquinho e, então, consegue um bom preço médio.
Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.
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