Suzane von Richtofen, que está matriculada no curso de gestão de turismo no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) em Campos do Jordão, perdeu o semestre após 10 faltas.
De acordo com o G1, a instituição considera como desistente o aprovado que não fizer matrícula ou que não frequentar os dez primeiros dias de aulas, sem apresentação de justificativa – o que ela também não fez.
A detenta, que foi condenada a 39 anos por arquitetar a morte dos pais, fez a matrícula por meio de procuração, após ser aprovada para o curso com a nota do Enem.
No entanto, assim que a aprovação foi divulgada, o IFSP informou que aguardava a decisão da Justiça sobre as condições para que ela pudesse participar das aulas.
Ela chegou a solicitar permissão da juíza para frequentar as aulas, mas de acordo com o Tribunal de Justiça, o processo está sob segredo.
Suzane passou para o curso em oitavo lugar, com nota 608,42 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova foi feita dentro da penitenciária em Tremembé, onde cumpre pena.
NÃO FOI A PRIMEIRA VEZ
Suzane recebeu autorização para cursar uma outra graduação em 2016. A ideia dela era tentar frequentar as aulas do curso de administração em uma universidade particular, mas, com medo do assédio fora da prisão, ela pediu à Justiça para fazer o curso online, mas por falta de recursos tecnológicos e aparato, teve o pedido negado.
Em 2017, Suzane fez nova tentativa. Ela foi aprovada para o curso de administração em uma instituição católica em Taubaté. Para custear a mensalidade, ela pleiteou o financiamento pelo Fies e foi contemplada. Apesar disso, não concluiu a matrícula.
FILME SOBRE O CRIME
Carla Diaz usou as redes sociais para mostrar para os seus seguidores o trailer dos filmes ‘A Menina Que Matou Os Pais’ e ‘O Menino Que Matou Meus Pais’, duas versões sobre o assassinato da família Von Richthofen.
Na legenda da publicação, a atriz contou como foi interpretar Suzane, condenada por matar os próprios pais.
“Quando fui convidada para viver essa personagem, pensei no enorme desafio artístico que estava por vir. Fazer cinema é uma prazerosa empreitada, especialmente nos dias de hoje”, iniciou ela na legenda da publicação.
Para a atriz, dar vida a uma personagem de uma história que mexeu tanto com as pessoas foi uma grande responsabilidade. “Exigiu entrega, dedicação e muito estudo”, finalizou.
Os longas terão uma estreia simultânea em 2 de abril.
POLÊMICA
Para a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Carla contou como fez para lidar com as críticas que recebeu dos internautas, que acreditam que um crime bárbaro não deveria ser contado no cinema.
“As pessoas envolvidas são muitos sérias e tudo foi feito com responsabilidade. Além do mais, todo ator quer fazer um trabalho que o tire da zona de conforto e que ganhe destaque. Como esse crime é um caso emblemático no país, a produção vem gerando uma expectativa grande. A forma inovadora como ela foi concebida também me conquistou desde o início”, explicou.