Presa em regime semiaberto, Suzane von Richthofen passou em 8º lugar na lista do Sisu (Sistema de Seleção Unificado) para cursar Turismo.
Suzane escolheu o IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo), em Campos do Jordão, onde irá estudar no perído noturno.
O local fica a cerca de 43 quilômetros do presídio de Tremembé (SP).
Vale lembrar que o SISU seleciona candidatos para vagas em instituições públicas de ensino superior baseado nas notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Dos 20 aprovados da lista, Suzane conquistou a 8º colocação com 608,42 de pontuação. A primeira colocada alcançou 632.48.
Para efetivar a matrícula, Suzane precisará apresentar a documentação necessária e, logo depois, já será liberada para assistir as aulas.
RELEMBRE O CASO
Suzane cumpre pena de 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, ocorrido em 2002 na residência da família, em São Paulo.
Além dela, seu namorado na época, Daniel Cravinhos, e o cunhado, Cristian, também participaram do crime.
Ela ganhou o direito de cumprir a sentença no regime semiaberto há cerca de cinco anos. Neste caso, Suzane pode trabalhar e estudar durante o dia, mas deve retornar à prisão à noite.
Outro benefício para a detenta é o da redução da pena através do trabalho, ou seja: para cada três dias trabalhos, ela tem um dia a menos na prisão.
BIOGRAFIA NÃO-AUTORIZADA
Após não conseguir censurar a publicação de sua biografia não-autorizada, ‘Suzane – Assassina e Manipuladora’, escrita por Ulisses Campbell, Suzane Von Richtofen leu a obra.
A criminosa achou a publicação ofensiva, e recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que os exemplares fossem recolhidos, e suspendesse a noite de lançamento na última quinta-feira (23), na livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo (SP).
“A publicação do livro afronta a própria Administração da Justiça e o Poder Judiciário, pois a publicação se utiliza de dados obtidos de processo de execução penal em tramitação sob segredo de justiça e trechos de laudos médicos psiquiátricos e psicológicos acobertados pelo sigilo profissional”, disse Suzane via Defensoria Pública.
Ela ainda “solicitou a consequente suspensão da publicação do livro”, além alegar que “as consequências danosas seriam desastrosas e irreversíveis para Suzane e para a Justiça Pública”.
No entanto, o STF não considerou o pedido de Suzane, e além de já estar nas livrarias, a obra teve sua noite de autógrafos garantida.