Uma mulher suspeita de ter financiado os atos terroristas em Brasília (DF) no dia 8 de janeiro foi presa na noite de segunda-feira (16) após se entregar para a Polícia Federal do Rio de Janeiro.
A mulher, de 48 anos, se dirigiu à Delegacia da PF em Campos dos Goytacazes, na zona norte da cidade. Ela era uma das investigadas pela operação Ulysses, que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão de celulares, computadores e documentos.
Além dela, o subtenente do Corpo de Bombeiros, Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos, conhecido como Júnior Bombeiro, foi detido na segunda-feira. O terceiro investigado permanece foragido.
Segundo a PF, o objetivo da investigação era identificar lideranças que bloquearam as rodovias ao redor de Campos; a organização das manifestações em frente a quartéis; e o envolvimento dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos terroristas em Brasília.
Em relação ao progresso das investigações, o órgão informou que colheu provas capazes de vincular os investigados. Além disso, os mandados judiciais possibilitarão identificar eventuais outros participantes e coautores na ação.
RELEMBRE
O Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto foram invadidos por manifestantes antidemocráticos neste domingo (8), após eles entrarem em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Os golpistas estavam munidos com pedaços de paus e pedras.
A Polícia Militar até tentou conter essas pessoas, apoiadoras do ex-presidente Jair Bolsonaro, com uso de spray de pimenta. Eles, porém, invadiram a área de contenção que cercava o Congresso Nacional. Imagens do local chegaram a mostrar que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d’água do Congresso. O presidente Lula está fora da cidade, cumprindo agenda oficial no Estado de São Paulo.
Os policiais também usaram bombas de efeito moral na tentativa de conter os participantes do ato antidemocrático. Até a última atualização desta publicação, a Polícia Militar ainda não havia se manifestado sobre a invasão.
SUPREMO FOI INVADIDO TAMBÉM
Após quebrarem parte do Congresso Nacional, os bolsonaristas radicais também invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF), quebrando vidros da fachada, até entrarem no prédio e chegaram ao plenário. Lá, os bolsonaristas radicais chegaram até o quarto andar e depredaram a sede do Poder Executivo.
Conforme o G1, o ex-ministro da Justiça e atual secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, determinou que o setor de operações da pasta tome “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília. “Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios.”
Após a invasão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse em uma rede social que em uma conversa por telefone, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que “está concentrando os esforços de todo o aparato policial, no sentido de controlar a situação”. Segundo ele, os golpistas devem “sofrer o rigor da lei com urgência”.