Imagens de Stênio Garcia e da esposa dele, Marilene Saade, nus foram divulgadas nas redes sociais em setembro de 2015. As fotos mostravam o casal diante de um espelho. Em entrevista ao G1, na época, ela fez um apelo para que as pessoas não compartilhassem as imagens, o que também configura em crime.
Stênio, que morreu nesta XXXXXXXX (XX), aos 91 anos, tentou levar a situação na brincadeira. “Estava com a minha mulher[…] Que problema tem isso? Não tenho motivo para ter vergonha” , afirmou, emendando: ”Falei com minhas filhas, que são os meus bens mais valiosos e a mais nova, que faz 40 anos em breve, disse que estou bonitinho”, contou ele, bem-humorado.
Marilene, porém, ficou muito abalada com o que aconteceu, pois se sentiu violentada. “Eu estou com vergonha, já quis ir embora daqui [do país] por causa disso. É uma falta de respeito com a gente. É quase um estupro. Eu me senti estuprada, invadida. É uma coisa que fiz com o meu marido, na minha intimidade”, disse.
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LEI ‘CAROLINA DIECKMANN’
O caso mais conhecido de vazamento de fotos de uma celebridade no Brasil é o que ocorreu com a atriz Carolina Dieckmann. Ao todo, 36 imagens da atriz foram publicadas na internet em maio de 2012. Na ocasião, ela recebeu ameaças de extorsão para que pagasse R$ 10 mil se não quisesse ter as fotos divulgadas.
Após dar queixa, a polícia descartou a hipótese de as imagens terem sido copiadas de uma máquina fotográfica que havia sido levada para o conserto. Constataram, por fim, que a caixa de e-mail da atriz havia sido violada por hackers.
Em 2013, entrou em vigor a lei 12.737 de 2012, chamada lei “Carolina Dieckmann”, que, entre outras coisas, torna crime a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de dados particulares. Pela lei, crimes desse tipo são punidos com multa mais detenção de seis meses a dois anos.
Se houver divulgação, comercialização ou envio das informações obtidas na invasão, a pena pode ser elevada de um a dois terços. Se o crime for cometido contra políticos, a pena será aumentada de um terço à metade.