Um bombardeio russo atingiu a central nuclear Zaporizhzhia, localizada no centro da Ucrânia, nesta sexta-feira (4). A energia gerada pelo local é capaz de abastecer 4 milhões de lares – ocupando o posto de maior usina da Europa e a 9ª do mundo.
O ataque começou com um incêndio no prédio onde os funcionários da usina eram treinados. A partir disso, os russos conseguiram tomar o complexo e o incêndio foi controlado sem que nenhum desastre em maior escala acontecesse.
As informações vieram à tona através do Telegram de um dos funcionários da usina – que alertou para o risco de um desastre nuclear no país. Depois, foram confirmadas pelo Ministério de Relações Externas da Ucrânia.
A principal preocupação nesse momento, segundo o ministro de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, era de que uma explosão em Zaporizhzhia poderia gerar impactos dez vezes piores do que os de Chernobyl – local do pior acidente nuclear da história, em 1986.
Foi então que o Serviço de Emergência da Ucrânia constatou que não houveram mudanças nos níveis de radiação nas proximidades da usina até o momento. Além disso, foi confirmado que o prédio atingido pelo incêndio, na verdade, fica fora do complexo de energia.
Vale destacar que essa é a primeira vez que há uma guerra em um país com uma rede nuclear grande e estabelecida. A própria usida de Chernobyl já havia sido tomada pelos russo nos último dia 24 de fevereiro após combates entre as tropas.
VERSÃO DOS RUSSOS
O Ministério de Defesa da Rússia afirmou que os responsáveis pelos ataques à usina foram um grupo de ‘sabotadores ucranianos’. Um porta-voz do ministério afirmou que o local já estava sob controle russo há cinco dias e que a usina está operando normalmente – ao contrário do que constatou o Serviço de Emergência da Ucrânia, que disse que apenas um dos seis reatores continua funcionando.