Jair Bolsonaro está dando o que falar quanto a sua possível candidatura para as eleições presidenciais em 2022. Em entrevista ao ‘Diálogo com Lacombe’ na ‘RedeTV!’, o presidente explicou sua proximidade com os partidos do centrão. Até o momento, ele está sem partido.
“São 513 deputados, quase 300 são do dito centrão. Se eu não conversar com eles, vou conversar com quem?”, questionou. “Já fui do PP, já fui do PTB. É um nome pejorativo que deram. Prefiro estar no centrão do que no esquerdão, lá você não consegue nada de bom para o país”, disparou em seguida.
O presidente fez a declaração na beira da piscina do Palácio da Alvorada em Brasília (BSB) e ainda completou que não desfruta da área por causa da “vida atribulada”. Além disso, Bolsonaro revelou que, mesmo com 28 anos de carreira no Congresso, não esperava que fosse difícil governar o país e que ainda não tem certeza se será candidato novamente para as eleições presidenciais.
Embora esteja indeciso, o chefe de Estado aproveitou para contar que teve “conversas de alto nível” com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, possível partido em que Bolsonaro se filiará. O presidente aproveitou ainda para detonar o ex-presidente Lula e o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
“Com o PT de volta, todo mundo vai perder. Não tem como fazer milagre na economia e vão voltar para aparelhar tudo no país, para nunca mais sair do poder”, disse. Na sequência, ironizou a pré-candidatura de Sérgio Moro à presidência. “Quero ver ele em cima de um caminhão falando para duas mil pessoas. Não consegue conversar”, disparou.
Bolsonaro também ressaltou que a presença de ex-ministros à volta de Moro é “recalque”. Apesar de não ter decidido se será candidato novamente, o presidente confirmou participação nos debates e pediu que não ataquem sua família e amigos. “Da minha parte não vai ter guerra. Tenho quatro anos de mandato para mostrar. Lula tem os oito anos. Temos o que mostrar”, completou.
INVESTIGAÇÃO ABERTA
As investigação sobre o atentado a faca contra o presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 foram reabertas pela Polícia Federal. Tudo aconteceu após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, ter derrubado as restrições que vinham travando as apurações no início do mês.
Agora, a PF conseguirá analisar o material obtido a partir da quebra de sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendeu Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada, na época do crime.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o delegado Rodrigo Morais Fernandes também poderá acessar o conteúdo da operação que fez buscas no escritório do advogado, ainda em 2018.
Na época, foram apreendidos celular, livros caixa, recibos e comprovantes de pagamento de honorários, mas não puderam se debruçar sobre o material por decisão liminar da Justiça, anulada no último dia 3 pelo TRF1. A ideia é checar se alguém pagou pelo trabalho de Zanone no caso ou se o advogado assumiu a defesa de Adélio para ganhar visibilidade.
INCAPAZ
Vale ressaltar que, em investigações anteriores, a Polícia Federal concluiu que Adélio agiu sozinho, sem cúmplices ou mandantes. Ele também foi considerado incapaz de responder pelo crime por sofrer distúrbios psicológicos e cumpre medida de segurança na