A Polícia Civil do Rio de Janeiro filmou o depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, o mesmo em que o presidente Jair Bolsonaro tem uma casa. A notícia foi divulgada, nesta terça-feira (5), pelo colunista Lauro Jardim, do ‘O Globo’.
Segundo ele, a Polícia gravou o momento em que o porteiro anotou o número 58, o mesmo da moradia de Bolsonaro, e afirmou ter ouvido que o “seu Jair” autorizou a entrada do PM reformado Élcio Queiroz, suspeito de assassinar a vereadora Marielle Franco, além do motorista, Anderson.
O jornalista afirmou que ainda não houve uma perícia para comparar a voz desse porteiro com a do outro, que está na gravação divulgada pelo filho do Presidente da República, Carlos Bolsonaro.
Lauro ainda alegou que o depoimento foi filmado com o intuito de comparar as vozes e que este não é um processo complicado de se realizar.
ENTENDA
Na última semana de outubro, o Jornal Nacional, da TV Globo, exibiu uma reportagem que mostrava um trabalhador do local afirmando que o suspeito pelo assassinato da vereadora carioca havia pedido para ir ao imóvel de Jair Bolsonaro no mesmo dia do crime.
A própria reportagem, no entanto, explicava que ele, que na época que atuava como deputado, estava em Brasília no dia em que foi citado. Apesar disso, Bolsonaro fez uma live no Facebook chamando a emissora de mentirosa.
“O porteiro ou se equivocou ou não leu o que assinou. Pode o delegado da Polícia Civil ter escrito o que bem entendeu e o porteiro, uma pessoa humilde, né, acabou assinando embaixo. Isso pode ter acontecido. Estou conversando com o ministro da Justiça, o que pode ser feito para a gente tomar, para a polícia pegar o depoimento novamente. O depoimento agora desse porteiro pela PF”, declarou.
Além disso, o ex-militar disse que está aguardando um convite para ir até o telejornal para se esclarecer.
Desde então, a perícia vem investigando o caso para entender o que realmente aconteceu e se as falas do porteiro condizem com a verdade.