Sirí Gaspar Corte Real, acusada pela polícia civil de homicídio culposo [quando não há a intenção de matar] do pequeno Miguel Otávio, enviou uma carta de perdão à Mirtes Renata Santana, mãe do menino e ex-funcionária.
O texto foi divulgado pelo advogado de defesa da primeira-dama de Tamandaré (PE) à TV Globo. “Como mãe, sou absolutamente solidária ao seu sofrimento. Miguel é e sempre será um anjo na sua vida e na sua família. Não há palavras para descrever o sofrimento dessa perda irreparável. Nunca, mas nunca mesmo, pude imaginar que qualquer mal pudesse acontecer a Miguel, muito menos a tragédia que se sucedeu. Te peço perdão”, inicia.
O menino caiu do 9º andar de um prédio no Centro do Recife, na última terça-feira (2), quando estava sob a guarda de Sarí. Ela chegou a ser presa por homicício culposo, mas pagou uma fiança de R$ 20 mil e está respondendo em liberdade. O caso foi alvo de protestos.
“Não tenho o direito de falar em dor, mas esse pesar, ainda que de forma incomparável, me acompanhará também pelo resto da vida. Estou sendo condenada pela opinião pública como historicamente outros foram. As redes sociais potencializam o ódio das pessoas”, continua.
Miguel morreu na última terça-feira, quando acompanhava a mãe no serviço. Enquanto Mirtes passeava com o cachorro da patroa, o filho saiu à procura da mãe. Visivelmente impaciente nas imagens divulgadas, Síri apertou o botão do 9º andar do elevador e o menino foi até o último andar, sozinho, onde acabou caindo.
Ainda para o veículo, o delegado Ramon Teixeira, titular do caso, afirmou que “a polícia seguirá coletando elementos de prova, a fim de identificar, definitivamente, condutas e responsabilidades penais”.
VEJA A CARTA NA ÍNTEGRA:
“Como mãe, sou absolutamente solidária ao seu sofrimento. Miguel é e sempre será um anjo na sua vida e na sua família. Não há palavras para descrever o sofrimento dessa perda irreparável. Nunca, mas nunca mesmo, pude imaginar que qualquer mal pudesse acontecer a Miguel, muito menos a tragédia que se sucedeu. Te peço perdão. Não tenho o direito de falar em dor, mas esse pesar, ainda que de forma incomparável, me acompanhará também pelo resto da vida. Estou sendo condenada pela opinião pública como historicamente outros foram. As redes sociais potencializam o ódio das pessoas. Tenho certeza que a Justiça esclarecerá a verdade. Na nossa casa sempre sobrou carinho e amor por você, Miguel e Martinha. E assim permanecerá eternamente. Rezo muito para que Deus possa amenizar o seu sofrimento e confortar seu coração.
Sarí Gaspar”.