sexta-feira,9 maio , 2025
Revista Ana Maria
  • Astrologia
  • Bem-estar
  • Beleza
  • na TV
  • Comportamento
  • Carreira
  • Dinheiro
  • Últimas Notícias
  • Receitas
Sem resultado
Veja todos os resultados
  • Astrologia
  • Bem-estar
  • Beleza
  • na TV
  • Comportamento
  • Carreira
  • Dinheiro
  • Últimas Notícias
  • Receitas
Sem resultado
Veja todos os resultados
Revista Ana Maria
Sem resultado
Veja todos os resultados
Início Últimas Notícias

O racismo está no cotidiano (e a gente nem percebe)

Ana Bardella Por Ana Bardella
27/11/2017
Em Últimas Notícias
Globo/Raquel Cunha

Globo/Raquel Cunha

Share on FacebookShare on TwitterEnviarEnviar

“Eu nunca quero ter um neto negro.” “Meu filho não pode se casar com uma mulher negra e pobre.” As expressões usadas pela personagem Nádia (Eliane Giardini) em O Outro Lado do Paraíso ao se referir à doméstica Raquel (Erika Januza) deixam claro o preconceito da esposa do juiz em relação aos negros. As cenas são tão fortes que as atrizes já declararam em entrevistas que se sentem mal depois de graválas e muitas vezes se abraçam ao final dos trabalhos, demonstrando o carinho que sentem fora de cena uma pela outra. No caso da mãe de Bruno (Caio Paduan), é fácil reconhecer o racismo presente em seus discursos, afinal, ela não perde a oportunidade de humilhar sua funcionária devido à cor de sua pele. No entanto, o problema tem raízes profundas e muitas vezes pode ser camuflado nas expressões presentes em nosso dia a dia. Veja alguns exemplos:

“Mas ele não é negro, só é mais moreno…”

PROPAGANDA

De acordo com Juliana Serzedello Crespim Lopes, historiadora e professora do Instituto Federal de São Paulo, quem usa essa expressão
acredita que pode inferiorizar aos demais ao caracterizá-los como sendo negros, uma vez que considera o termo pejorativo. É como se estivesse tentando “amenizar” uma ofensa. Justamente por isso, a expressão parte de um princípio racista. Nesse caso, é preciso lembrar que a negritude não é ofensiva: trata-se de uma característica e envolve elementos culturais dos quais as pessoas têm o direito de se orgulharem de possuir.

LeiaMais

Calendário do Bolsa Família 2025 já está disponível para consulta

Famílias em alerta com a suspensão do auxílio gás no bolsa família

07/05/2025
Como a economia da Inteligência Artificial está transformando o mundo

Como a economia da Inteligência Artificial está transformando o mundo

06/05/2025

 

PROPAGANDA

“Eu sou branco e também sofro racismo”

“Tal afirmação parte do princípio do racismo reverso, um processo que não existe”, explica Juliana. É possível que uma pessoa de pele branca se sinta individualmente ofendida por algo que a outra disse, como ser chamado de “branquelo” na infância, por exemplo. Mas comparar tais
xingamentos ao racismo é um erro. Para entender o porquê é preciso olhar com cautela para o passado: desde as épocas mais antigas, quando começamos a ser colonizados e os negros passaram a ser trazidos da África para serem escravizados, o racismo se alastrou como uma ferramenta de dominação de um povo sobre outro. “Ofender um menino negro na escola, por exemplo, não é só magoá-lo. É também trazer à tona 300 anos de uma história na qual seus antepassados foram colocados no lugar de subalternos”, ressalta a especialista.

PROPAGANDA

 

“Aquela menina tem cabelo ruim”

Já parou para pensar sobre a definição de ruim? Em geral, ela está relacionada às características dos fios crespos, que pertencem à negritude. Enquanto os “bons” são os lisos, presentes em pessoas brancas, ideia que se baseia no racismo. “O problema vai além da ofensa por si só. Muitos homens e mulheres são obrigados a manter seus cabelos presos, alisados (ou até raspá-los, no caso masculino) porque têm dificuldade de se inserirem no mercado de trabalho graças a essa característica, que pode não ser considerada adequada pelas empresas”, lembra a historiadora.

 

“A coisa está preta” ou “Inveja branca”

Ambas as expressões carregam o conceito de que se uma coisa é preta, ela é ruim. “Essa ideia se reproduz com facilidade na nossa sociedade”, diz Juliana. O mesmo se aplica para os termos “coisa de preto”, “serviço de preto”, “tinha que ser preto”, entre tantos outros que escutamos. A origem das expressões está na escravidão. “Apesar de escravos serem especializados em seu trabalho e realizá-los muito bem, tais palavras eram usadas para difundir a ideia de que os negros só poderiam exercer suas funções à base do chicote”, ressalta Juliana. Ou seja, essas ideias eram usadas para justificar a violência contra negros. Apesar de nascerem sob as condições desumanas da escravidão, seus reflexos podem ser notados até hoje, se considerarmos que, de acordo com um estudo realizado pelo Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras.

 

“Não se pode falar mais nada, agora tudo é racismo”

Mais uma vez precisamos olhar para a história do país. Antes de a democracia se estabelecer, vivíamos uma ditadura. Por causa disso, os
movimentos sociais não tinham vez e não ganhavam visibilidade. Há pouco mais de três décadas é que começamos a viver a democracia de
fato e tanto as liberdades individuais quanto os movimentos das minorias começaram a ganhar voz. “Por causa disso, passamos a reconhecer o racismo que sempre esteve presente, mas que antes não era discutido”, explica a historiadora. Ou seja, o problema já estava lá! Mas só agora passamos a falar mais sobre ele.

 

“As pessoas acham que porque eu sou atriz eu não passo por isso. Basta ser negro para passar por isso”
Erika Januza, atriz

RACISMO É CRIME! DENUNCIE

Tags: Últimas Notícias
ANTERIOR

Idade é relativo: Muito mais que simples fraqueza

PRÓXIMO

Magra a vida inteira

Ana Bardella

Ana Bardella

CompartilharTweetEnviarCompartilhar

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Seu cachorro está tentando te dizer algo e você não percebe

Seu cachorro está tentando te dizer algo e você não percebe

09/05/2025
Tudo sobre a melhor tecnologia de captação de água

Tudo sobre a melhor tecnologia de captação de água

09/05/2025
novela garota do momento

Na novela ‘Garota do Momento’, Maristela ameaça Zélia após descobrir seu segredo

09/05/2025
Dicas infalíveis para cuidar dos cabelos no verão e evitar ressecamento

Dicas infalíveis para cuidar dos cabelos no verão e evitar ressecamento

09/05/2025
O filme mais engraçado: Você não vai conseguir parar de rir com essas comédias

O filme mais engraçado: Você não vai conseguir parar de rir com essas comédias

09/05/2025
Tudo o que você precisa saber para cultivar quiabo em casa

Tudo o que você precisa saber para cultivar quiabo em casa

09/05/2025

GRUPO PERFIL – Argentina, Brasil, Uruguai, Chile, Estados Unidos, Portugal e Índia

AnaMaria |  AnaMaria Receitas | Aventuras na História | CARAS | CineBuzz | Contigo | Máxima | Perfil Brasil | Recreio | SportBuzz

Rede de sites parceiros:

Bons Fluidos | Holywood Forever TV  | Mais Novela | Manequim | Márcia Piovesan | Rolling Stone Brasil | Viva Saúde

PERFIL Brasil Av. Eusébio Matoso, 1.375 5º andar – CEP: 05423-905 | São Paulo, SP

Anuncie no Grupo Perfil +55 (11) 2197-2000 ou [email protected]

Clique aqui e conheça nosso Mídia Kit

Política de privacidade

Categorias

  • AnaMaria Testa
  • Astrologia
  • Atualidades
  • Beleza
  • Bem-estar e Saúde
  • Carreira
  • Casa
  • Comportamento
  • Dieta e Emagrecimento
  • Dinheiro
  • Diversos
  • DIY
  • Educação
  • Famosos
  • Maternidade
  • Moda
  • Programação da TV
  • Relacionamento
  • Tecnologia

Direitos Autorais Grupo Perfil. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Perfil.com Ltda.

Sem resultado
Veja todos os resultados
  • Astrologia
  • Bem-estar
  • Beleza
  • na TV
  • Comportamento
  • Carreira
  • Dinheiro
  • Últimas Notícias
  • Receitas