Maurício Souza está se preparando para abrir uma ação judicial contra o futebolista Walter Casagrande e o jornalista Felipe Andreoli, além da própria Rede Globo de Televisão. Em seus programas, os dois rechaçaram a atitude do jogador de vôlei, que “discordou” do filho de Superman ser bissexual em uma das Histórias em Quadrinhos da DC Comics.
Em entrevista para o ‘Notícias da TV’, o advogado do atleta, Newton Dias, revelou que, nos próximos dias, entrará com uma ação pelos crimes de danos morais.
“No crime de calúnia, injúria e difamação, inverte-se o ônus da prova. Então, eles têm que provar que ele [Souza] é homofóbico. Todos que cravaram, com essa palavra, que ele foi homofóbico, vão responder judicialmente“, declarou o representante legal.
“No meu entendimento, o dano causado à imagem do Maurício já é irreversível. No caso do Maurício, o que ele fez foi uma reflexão. Não existe nenhum discurso de ódio, que inferiorize orientação sexual, nada disso. O que existiu foi uma reação de pessoas que estão imputando a ele o crime de homofobia“, afirmou Dias.
A “opinião” de Maurício sobre a HQ repercutiu imensamente nas redes sociais, ao ponto que os patrocinadores do ex-grupo de jogador, Minas Tênis, pressionassem por sua demissão. Ao noticiar o fato no ‘Globo Esporte’, Andreoli mencionou uma sequência de Stories do Instagram em que o atleta se dizia injustiçado por perder o emprego devido os seus posicionamentos políticos. Para o jornalista, porém, que fez com que o atleta saísse do clube não foi “ser conservador, de direita”, e, sim, ser homofóbico. “Homofobia é crime. E mata”, ressaltou, no final.
Casagrande foi mais além: em seu espaço de comentários no canal fechado SportTV, o ex-jogador afirmou que Maurício é, sim, homofóbico, “possivelmente racista”, “covarde”, e “mau-caráter”.