O marido de uma das supostas novas vítimas do anestesista Giovanni Quintella Bezerra revelou que foi impedido de acompanhar a mulher na sala de cirurgia para o trabalho de parto, na última segunda-feira (11).
Em um dos novos depoimentos feitos na Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, na Braixada Fluminense, o homem contou que foi retirado do centro cirúrgico por Giovanni antes mesmo de sua esposa dar à luz.
“O rapaz que dá anestesia mandou eu sair na metade. Eu não tinha visto nem a criança e minha esposa já tinha dormido”, contou o marido ao chegar na delegacia. Para ele, o sentimento é de raiva. “Quando eu bati de frente na televisão era ele. Já com esse caso. Muita raiva. A gente tá ali confiando nos médicos e acontece uma coisa dessas”, lamentou.
No caso que em foi flagrado, no último domingo (10), o médico havia aguardado o acompanhante da mulher deixar a sala de cirurgia com a criança para então cometer o crime.
A Lei nº. 11.108/2005, conhecida Lei do Acompanhante, debate sobre o assunto e determina que toda gestante tem direito à presença de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Ela também estabelece que todo hospital, seja público ou privado, tem a obrigação de cumprir esta norma nos serviços de saúde.
A lei se aplica para parto normal e cesariana e nenhum hospital ou funcionário da instituição pode impedir que a gestante seja acompanhada pela pessoa de sua escolha.
Além deste direito estar assegurado na Legislação Brasileira, a Agência Nacional de Saúde (ANS) acrescentou ao artigo 23 da RN nº. 428 algumas especificidades sobre a cobertura dos Planos de Saúde.
OUTRA VÍTIMA
A família de outra suposta vítima também denunciou o médico. Uma mulher disse que a filha entrou em trabalho de parto no último dia 6 e chegou no quarto com o rosto sujo após dar à luz.
Além disso, a parturiente acreditou que estava tendo uma alucinação durante o parto. “Minha filha tá com depressão, pelo o que ela passou lá dentro. Ela falou: ‘Mãe eu acho que eu tive uma alucinação, não é possível’. Ela veio para mim pro quarto e ficou dormindo o dia todo. Eu não entendi porque ela estava toda mole”, revelou.