O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu, pela primeira vez em público, que sua segurança corre perigo. De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópolis, isso é algo que ele tem ouvindo com insistência dos seus principais assessores: se não se cuidar, poderá ser alvo de um atentado durante a campanha eleitoral que se aproxima.
Na última terça-feira (15), ele deu uma entrevista para a rádio Espinharas, da cidade de Patos (PA), e foi lembrado pela apresentadora que, em fevereiro passado, o ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, disse que não duvida de que grupos radicais ligados a Bolsonaro possam tentar matá-lo.
Lula respondeu que não descartava a hipótese e aproveitou para relacionar Bolsonaro a milicianos que, “quem sabe?”, segundo ele, teriam sido os responsáveis pela execução no centro do Rio, em 2018, da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
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Em abril, Lula vai participar do seu primeiro ato público de campanha. Será em São Paulo, possivelmente na Avenida Paulista, e na companhia do seu candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin. Em seguida, começará a percorrer o país em atos públicos semelhantes. De acordo com Amado, o PT pretende montar um gigantesco esquema de segurança em torno dele e de Alckmin.
TROCA DE ENDEREÇO
Vale lembrar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) deixou o endereço em que vivia, na cidade de São Bernardo do Campo (SP), e agora está morando na capital paulista, após aliados temerem por sua segurança.
A informação, divulgada inicialmente na coluna de Lauro Jardim e posteriormente confirmada pelo Estadão, informava a mudança do petista, após muita pressão de amigos, aliados políticos, lideranças do partido e de sua assessoria.
De forma geral, havia uma preocupação com a segurança pessoal de Lula já há algum tempo. Por isso, a ideia é que ele fosse morar em um local “mais protegido”. As constantes insistências fizeram com que Lula cedesse ao pedido, se mudando no final do ano passado.