Laura Neiva usou o espaço nas redes sociais para fazer um desabafo sobre a sua convivência com a epilepsia, diagnosticada aos 19 anos.
Eu descobri que era epiléptica quando tinha 19 e tive minha primeira convulsão. Estava em casa e fui levada para o hospital. Lá eu fui diagnostica como epiléptica congênita, ou seja, eu nasci com a doença”, contou.
A atriz contou que é importante entender quando as convulsões podem acontecer: “É como se fosse um aviso do meu cérebro. Hoje quanto eu sinto isso é uma hora que tenho que sentar ou avisar alguém. Todo mundo que convive comigo sabe que eu sou epiléptica e que tomo remédio. É importante avisar às pessoas, falar para todo mundo e não ter vergonha”.
De acordo com Laura, ela viver por muito tempo sentindo vergonha. “Por muito tempo eu tinha vergonha, primeiro de dizer que eu tinha uma doença. Tinha muita dificuldade de tomar remédio, porque achava que meu corpo não ia dar conta de lidar com isso sozinha, que ia ficar dependente. Acabei deixando de tomar o remédio. As crises foram piorando, teve alguns acidentes, até que aconteceu uma situação grave e percebi que o remédio estava ali para me ajudar e me salvar […] Desde então tenho consciência dos riscos que posso colocar à minha vida”, disse.
Além disso, contou como foi quando descobriu que estava grávida de Maria, fruto de seu casamento com o ator Chay Suede.
“Estava tudo controlado na minha doença, até que chegou a minha gravidez. Nunca recebi nenhuma contraindicação, nunca nem pensei que eu não poderia engravidar por conta da epilepsia. (…) Mas, eu sabia que, durante a gravidez existem muitas mulheres epiléticas que melhoram as crises por conta da oscilação hormonal. Aumentaram muito as minhas crises de ausência e as minhas convulsões, mesmo tomando as dosagens que eu costumava tomar. Na gravidez, eu tive que aumentar a dosagem do meu remédio, tive que tomar outro remédio junto”, explicou.
Agora, depois de dar à luz, ela disse que está tudo controlado: “Depois que eu pari as crises foram melhorando, e hoje tá mais estável. Eu vou poder fazer alguns outros exames que são um pouco mais invasivos, que eu não poderia fazer durante a gravidez”, concluiu.