Jovem celebra aniversário com um bolo com o rosto de Hitler; caso vai para as autoridades policiais
Faculdade em que a moça estuda tomou providências
Caroline Gutknecht, estudante de História na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), comemorou o aniversário de uma forma um tanto inusitada! A estudante surgiu com uma foto nas redes sociais exibindo o bolo, em que tinha a imagem de Adolf Hitler, um líder do nazismo na Alemanha de 1934 a 1945.
A instituição enviou o caso para as autoridades policiais, “para as providências adequadas”. Em nota, a Universidade informou que está acompanhando e analisando o caso, com cautela, “para que não aconteçam atos injustos, devido a análises intempestivas”.
Além disso, a UFPel ressaltou que é um espaço que precisa apoiar a todos e garantir direitos, valorizando a vida. “A UFPel é contra qualquer forma de enaltecimento ao nazismo, ao fascismo e a autores de crimes contra a Humanidade. Em dias tão tristes como os que estamos vivendo, de pandemia, de afastamento e de crise de valores, precisamos cuidar de nós, cuidar das pessoas à nossa volta, assim como daqueles e daquelas que necessitam do nosso apoio”, declarou em nota.
De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, a deputada Juliana Brizola (PDT-RS) denunciou a estudante por prática de ‘apologia ao nazimo’ para o Ministério Público do Rio Grande do Sul.
“Em tempos de proliferação do discurso de ódio, manifestações neonazistas e racistas têm surgido em diversos setores da sociedade, causando a necessidade de ações firmes de todas instituições estatais. É intolerável qualquer manifestação, sob um falso argumento de liberdade de expressão, que faça apologia ao nazismo. Estes símbolos trazem consigo as ideias de intolerância, ódio, racismo e extermínio do outro e não podem, de forma alguma, serem admitidos”, declarou a deputada no ofício.
UMA ONDA DE CASOS
De acordo com o jornal ‘ O Globo’ o número de inquéritos abertos pela polícia de casos de apologia ao nazimo aumentaram em 2020, em comparação com a série da última década.
Segundo dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI), em 2018 foram 20 casos, saltando para 69 em 2019, e pelas apurações da Polícia Federal, 110 casos em 2020. No total, houve um aumento de 59% além de uma média de um inquérito a cada três dias.