A ativista ambiental Greta Thunberg foi presa na Alemanha, nesta terça-feira (17), após protestar na frente de uma mina de carvão em de Garzweiler 2.
Ela e outros ativistas protestavam contra a demolição de uma vila perto de Luetzerath, a 9 quilômetros do local, para a ampliação de uma mina de carvão a céu aberto, segundo a polícia alemã.
De acordo com um policial, os ativistas foram levados para uma verificação de identidade.
A polícia disse que os ativistas estavam sentados na borda da mina. Greta teria sido carregada pelos policiais para longe do local, supostamente perigoso.
Um dos ativistas teria pulado na mina, e não se sabe se ele ficou ferido, segundo informações do porta-voz da polícia. Também não está claro o que acontecerá com o grupo, incluindo Thunberg.
Longe da borda da mina, Greta foi carregada por três policiais e escoltada para as vans da polícia, segundo informações do G1.
CONFLITO COM BOLSONARO
Jair Bolsonaro, em uma declaração dada no Palácio da Alvorada a alguns jornalistas, nesta terça-feira (10), acabou faltando com respeito com a ativista Greta Thunberg.
Os repórteres, ao avistarem o presidente, questionaram se ele estava preocupado por conta do fato de dois indígenas de Guadalajara terem sido mortos durante um atentado que aconteceu no último sábado (7).
Bolsonaro, primeiramente, pediu para o ajudar a lembrar o nome da jovem de dezesseis anos, em seguida a chamou de um adjetivo não muito favorável.
“A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, pirralha”, afirmou, ao apresentar sua opinião.
Jair ainda declarou em seguida que “qualquer morte preocupa” e que seu governo tem o objetivo de “cumprir a lei”.
Algumas horas depois, Greta foi às redes sociais e mudou sua descrição do Twitter para a palavra “pirralha”.
Confira:
Foto: Captura de tela
SOBRE O ASSUNTO
Greta, no último sábado (7), compartilhou um vídeo que mencionava as mortes dos indígenas e disse que esses povos são mortos por tentarem proteger as florestas do desmatamento.
Na última segunda-feira (9), a adolescente voltou a falar sobre o mesmo assunto na cúpula da ONU.
“Os direitos deles estão sendo violados em todo o mundo, e eles também estão entre os mais atingidos, e mais rapidamente, pela emergência climática e ambiental”, alegou.