1 – A novela é leve
Os dias dos brasileiros têm sido tão pesados que é uma ótima pedida chegar em casa e assistir a algo tão leve e despretensioso quanto Êta Mundo Bom!. Não há cenas de violência, há sempre uma lição de vida bacana e é um bom jeito de se desligar dos problemas que temos em nossa rotina. Até mesmo os vilões não são aquele tipo de personagem que deixa o público agoniado. Eles são caricatos e pegam pesado na maldade do mesmo jeito que acertam a mão na comédia. E viva o equilíbrio!
2 – Ela é divertida
Até as cenas mais tensas da novela, como o casamento frustrado de Sandra (Flávia Alessandra) e Ernesto (Eriberto Leão), o falso
Candinho, acabam de maneira animada. Quando a riquinha mimada chegou em casa, entrou em uma guerra de bolo e doce com Maria (Bianca Bin), a empregada da casa que há muito desconfiava da índole da patroa. Pancrácio (Marco Nanini) tem seus momentos hilários, como quando se vestiu de nadador (com aquela forma física nada invejável) e pedia dinheiro nas ruas alegando que era uma contribuição para mandar atletas como ele para as Olimpíadas… E a história do cegonho? O jeito de Mafalda (Camila Queiroz) se referir ao órgão sexual masculino deixa a história muito engraçada. A atriz, aliás, merece aplausos por estar roubando a cena!
3 – Há maldade, mas quase sempre termina em pastelão
Cunegundes (Elizabeth Savalla) faz as maiores sacanagens por interesse. Ela empurrou as filhas para todos os homens ricos que
podia encontrar, nem ligava para Candinho (Sergio Guizé) quando ele morava na fazenda diz os maiores absurdos para a cunhada, Eponina (Rosi Campos). Mas é engraçado porque ela não tem a carga de vilã e acaba sempre se dando mal. Ora ela é atirada no
chiqueiro dos porcos, ora fica toda vermelha por conta de uma alergia a lagostas… E o público se diverte vendo a megera comer o pão que o diabo amassou. Sandra também paga pelo que faz. No primeiro dia em que Candinho jantou na casa da mãe, ela preparou escargot, um prato cujo ingrediente principal é um tipo de caracol. Acabou levando um banho do molusco no cabelo. Eca!
4 – É romântica
Filomena (Débora Nascimento) e Candinho, Mafalda e Romeu (Klebber Toledo)… Êta Mundo Bom! é uma novela cheia de histórias de amor…. Não dá para resistir às idas e vindas de Maria e Celso (Rainer Cadete). Maria é uma pessoa íntegra e se aborrece com as armações da futura cunhada, Sandra. Celso fica confuso entre o jeito de a irmã levar a vida e as coisas em que acredita, parecidas com as crenças de Maria. E aí é aquela coisa: hoje beija, amanhã não beija… Mas, mesmo estando comprometida com o sobrinho da dona da casa, ela faz questão de continuar trabalhando como empregada. E ele até já aprendeu a trocar fraldas, para ajudá-la a cuidar da filha. Ai, que casal fofo! Agora, é preciso comentar: como pode um homem tão apaixonado
como Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi) por Mafalda? É de chorar!
5 – O cenário é muito benfeito
Tanto a cidade antiga — já imaginou São Paulo nos anos 40? – nas cenas externas quanto os ambientes internos são bem-cuidados.
Olhar um cenário tão caprichado dá uma sensação gostosa, de quem está visitando a casa da vó. E que decoração primorosa!
6 – O elenco é de primeira
Elizabeth Savalla, Marco Nanini, Ary Fontoura, Eliane Giardini, Rosi Campos… se a velha guarda dispensa definições, a nova não deixa por desejar. Camila Queiroz, Anderson Di Rizzi e Klebber Toledo estão dando um show.
7 – Há mensagens muito positivas
Candinho é um rapaz tão bom, que suas atitudes acabam sempre nos ensinando algo. Cunegundes resolve se mudar com toda a família para a casa dele, era a chance de o rapaz se vingar da mulher que sempre o maltratou, mas em vez disso ele nos ensina sobre o perdão: “Tenho que levantar a mão para o céu e agradecer. Assim, a gente não fica com rancor no coração. Se eles precisam de abrigo não sou eu que vou colocar pra fora”. É uma bela lição, né?