A pandemia fez com que não só os artistas, mas as profissões ligadas a eles, precisassem se reinventar. A estilista Michelly X transformou seu ateliê em um laboratório e passou a atender com ainda mais intensidade o público LGBTQI+.
“Trabalho muito com o público LGBTQ+ e começaram a me pedir calcinhas para transexuais. Tem pouca gente no mercado que faz uma calcinha boa”, disse ela ao UOL, nesta quinta-feira (30).
A modelista, que também é transexual, ainda falou sobre o processo para a fabricação da peças.
“Eu sou trans e a Alê, que trabalha comigo, também. Ela acabou de fazer a cirurgia de redesignação, mas antes já fazia as próprias calcinhas. Como ela também é modelista, temos todos os truques para a peça perfeita”, pontuou.
Cada calcinha é vendida por R$50, ou em kits com cinco peças entregues em uma caixinha.
De acordo com a estilista, as calcinhas surgiram como uma solução para pagar as despesas do ateliê, mas acabaram fazendo tanto sucesso que Michelly está recebendo encomendas de dentro e de fora do Brasil.
“Várias meninas que eu conheço do mundo pediram. Enviei para a Europa, Estados Unidos, para vários lugares”, finalizou.