Simone Tebet (MDB) teve a menor audiência das sabatinas realizadas no ‘Jornal Nacional’ por William Bonner e Renata Vasconcellos, na última sexta-feira (29).
De acordo com os dados preliminares da Kantar Ibope Media, a presidenciável marcou 26 pontos de média, 26,9 de pico e foi assistida por 40% das televisões ligadas na Grande São Paulo, representando um crescimento de 8% (ou 2 pontos) sobre a média do JN em 2022.
No Rio de Janeiro, o jornal fez 24 pontos com 40% de participação, sendo a mesma audiência do PNT (Painel Nacional de Televisão), que soma as 15 áreas metropolitanas de maior consumo no Brasil.
A sabatina de Ciro Gomes (PDT) ficou em segundo lugar entre as mais baixas, com 29 pontos de audiência. Já Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) elevaram a audiência do JN, obtendo 32,3 e 32,6 pontos na Grande São Paulo, respectivamente.
O petista, na quinta-feira (25), gerou a segunda maior audiência do programa desde o início da pandemia no Painel Nacional de TV (32 pontos e 49% de participação entre as televisões ligadas), enquanto Bolsonaro, na segunda-feira (22), teve a primeira (33 pontos com 50% de participação).
A sabatina com Lula elevou a média do JN em 2022 em 39%, ou 9 pontos, alcançando 48,2 milhões de pessoas. Cada ponto corresponde a 205.755 pessoas na Região Metropolitana de São Paulo e a 713.821 no PNT.
CRÍTICAS
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a Rede Globo através de seu Twitter, nesta sexta-feira (26), um dia após a entrevista com seu principal adversário político, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o post feito pelo mandatário, os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos teriam “pegado leve” com o ex-presidente por motivos de investimentos na emissora carioca.
“Ninguém deveria estar surpreso. Na verdade, compreendo perfeitamente a Globo tratar melhor aqueles que estão dispostos a pagar mais. Eles são a esperança de dias melhores para a emissora. Nada mais coerente do que pegar mais leve. Estranho seria comigo, que fechei a torneira”, começou Bolsonaro.
Em seguida, o candidato à reeleição fez referência à proposta de regulação da mídia feita por Lula, e distorceu os objetivos de seu opositor, alegando que o objetivo do petista era diminuir a liberdade de imprensa. Vale destacar que já existe uma regulação da mídia no Brasil, no entanto, à diferença de outros países, ela não é atualizada desde os anos 1980.
“A garantia que a Globo e a imprensa de forma geral sempre terá comigo é de jamais defender o seu controle, como pretende o outro lado. Para quem ama e defende a liberdade, isso não tem preço. Mas hoje, infelizmente, muitos são capazes de entregá-la por algumas moedas de prata”, disparou.
Após acusar a emissora de dar um tratamento diferenciado ao adversário por questões financeiras, o presidente ainda ironizou a situação dizendo que a Globo poderia seguir defendendo pautas que são contrárias às ideias dele.
“Apesar disso, sua liberdade foi preservada. Hoje a emissora pode até continuar promovendo perversidades como o aborto, as drogas, a ideologia de gênero, a inversão de valores e a destruição da família se assim desejar, só que não mais sustentada com rios de dinheiro público”, acusou.
No último post, Bolsonaro alfinetou a emissora e comentou as supostas melhorias que havia feito em seu governo.