O sigilo de 100 anos do cartão de vacinação de Bolsonaro pode ser quebrado. Em meio à decisão da Controladoria-Geral da União (CGU), o presidente Lula abriu seu documento ao público por conta de um pedido feito via Lei de Acesso à Informação (LAI). As informações são da jornalista Ana Flor, da GloboNews.
A imprensa cobriu a vacinação de Lula contra a Covid-19, e o petista também fez questão de registrar o momento em que era imunizado por meio de suas redes sociais. Ainda assim, tornar público o documento mostraria que o presidente entende as regras de instauração de sigilo de 100 anos, que passam a ter critérios mais claros.
Ana Flor disse que duas fontes do governo confirmaram que Lula não tem problema em disponibilizar os dados requeridos.
De qualquer modo, se a CGU decidir pela quebra do sigilo, será responsabilidade do Ministério da Saúde abrir os dados ao solicitante que, neste caso, são alguns veículos de comunicação.
Vale lembrar que Bolsonaro impôs o sigilo de 100 anos sobre o seu cartão de vacinação enquanto estava na presidência, após ter chegado um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) para que o ex-presidente cedesse os dados.
QUEDA DO PRIMEIRO SIGILO
Logo em 11 de janeiro, poucos dias após assumir o cargo de Presidente da República pela terceira vez, Luiz Inácio Lula da Silva quebrou o primeiro sigilo de 100 anos de Jair Bolsonaro.
A lista de visitas recebidas por Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente do Brasil, foi o primeiro item a ser divulgado. Segundo o Estadão, a ex-primeira dama recebeu 565 visitantes nos dois últimos anos de mandato de Bolsonaro, ou seja, entre 2021 e 2022.
Nídia Limeira de Sá, diretora de Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação, lidera a estatística com 51 visitas à residência presidencial.
CONFIRA AS VISITAS
- Claudir Machado, pastor da Igreja Batista Atitude em Brasília – 51 vezes;
- Juliene Cunha, cabeleireira – 24 vezes;
- Cynara Boechat, estilista – 5 vezes.
Uma das promessas feitas por Lula durante a campanha eleitoral foi que trabalharia para quebrar o sigilo de 100 anos instaurado por Bolsonaro, tanto em relação à imunização, quanto sobre outras questões. Algumas delas são: a investigação ao general do Exército e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o registro de visita de pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura, e o acesso de Carlos e Eduardo Bolsonaro ao Palácio do Planalto.
