Eliane Giardini foi quem deu vida à Dona Patroa, em ‘Renascer’, de 1993. A atriz lembrou a época em que interpretou Iolanda, que agora fica ao encargo de Camila Morgado. A declaração foi feita em entrevista ao ‘É de Casa’, da Rede Globo.
“Tenho muito viva a lembrança desse personagem e de tudo o que a gente viveu. […] A gente ia para Ilhéus para fazer as externas, um luxo! A minha personagem era muito emblemática. Porque eu era uma atriz de teatro, estava com quase 40 anos, achava que já não ia ter espaço para mim dentro de novela. No entanto, de repente, aparece a dona Patroa”, disse ela.
FORTES OPINIÕES
Giardini aproveitou a visibilidade que teve ao interpretar Agatha em ‘Terra e Paixão’, para defender as novelas brasileiras e alfinetar quem critica o audiovisual nacional apenas com o intuito de enaltecer séries estrangeiras.
“Eu gosto muito de série, acho que todos os atores gostam. Só que eu adoro fazer novela também! Mas a novela é grande, são muitos capítulos. Na série, você conta a história sem barriga [enrolação], sem esgarçar a trama”.
“Para fazer novela, você tem que ter um autor… As pessoas falam às vezes das séries estrangeiras, que são maravilhosas, mas os nossos autores são gênios! Porque eles conseguem entreter uma plateia diariamente por 200 capítulos, não são 16 por ano. São geniais”.
Em seguida, comentou que Agatha foi a primeira vilã de toda a sua carreira como atriz. “Eu nunca tinha feito vilã na minha vida, foi a primeira vez. Já tinha feito pessoas sem caráter, mas vilã, vilã mesmo, que mata, que assassina [nunca]… É ótimo, é divertido. É politicamente incorreto e é uma delícia fazer, porque a gente é ético na vida. O personagem pode fazer o que quiser, pode pensar o que quiser, pode falar o que quiser. É por isso que as pessoas gostam tanto de vilão, né?”.