Eduardo Sterblitch foi um dos convidados especiais do ‘Encontro’ desta terça-feira (14), e abriu o coração ao falar sobre sua luta contra crises de pânico.
“Tenho várias crises. Faço terapia duas vezes na semana, então aprendi que sou muito sensível. Meio que capturo, às vezes, coisas que nem são minhas e isso me faz mal. É esquisito, mas comecei a perceber que lido bem com as minhas crises com a minha criatividade”, começou.
Ele prosseguiu dizendo que as crises começam de uma hora para a outra, mas que sempre tenta manter a calma.
“Meio que percebo o que está acontecendo. É como se estivesse tendo uma crise, mas tivesse a capacidade de conseguir me afastar um pouco e enxergar que é o meu corpo tendo uma crise”, afirmou.
Eduardo ainda revelou que procura ter outras visões de seu problema.
“Busco pedir ajudada minha esposa, de um amigo, ligo pra minha mãe, e trabalho a respiração. Penso: ‘Se for morrer, vou morrer muito bem, respirando profundamente e calmo’. Porque é melhor morrer calmo do que nervoso, aí começo a achar isso engraçado. Fico fantasiando algumas situações para tentar burlar minha cabeça e encontrar uma saída”, relatou.
Por fim, o humorista disse que por mais que procure se manter sereno, há algumas barreiras na compreensão da doença.
“É difícil explicar para alguém que nunca teve uma crise como é ter a sensação de morte, mas sem ser exatamente. Parece que você foi iluminado e percebe que é tudo muito pequeno. Não dá para explicar direito o que acontece. Você vai para uma outra física. Seu corpo reage de um jeito que você não entende”, finalizou.