Diversas editoras de livros brasileiras se manifestaram nas redes sociais contra a censura do prefeito Marcelo Crivella, nesta sexta-feira (6).
O gestor municipal do Rio de Janeiro desaprovou a divulgação de exemplares do gibi ‘Vingadores – A Cruzada das Crianças’, na Bienal do Livro.
O motivo é que essa narrativa apresenta cenas de um beijo gay entre os personagens.
Por conta dessa rejeição, fiscais e o subsecretário de operações da Secretaria Municipal, Wolney Dias, foram até a feira para inspecionar e lacrar as obras.
Poucas horas depois do acontecido, as editoras foram para a Internet e se manifestaram. A primeira foi a Companhia das Letras que se posicionou a favor da liberdade de expressão.
A empresa também mencionou uma atitude de Doria, que previamente mandou recolher uma apostila que falava sobre a diversidade sexual.
“Tentam nos levar para tempos medievais, quando as pessoas não tinham direito de expressar suas identidades. Eles desprezam valores fundamentais da sociedade e tentam impedir o acesso à informação”, afirmou.
Outra que também se demonstrou contrariada foi a Galera Record, selo do grupo Record. Na carta-aberta, se demonstraram insatisfeitos com a atitude e apontaram um problema da sociedade.
“Homofobia é crime e acreditamos que o papel do estado é incentivar a leitura e não criar barreiras que excluam parte da população que já sofre com a intolerância”.
Por último, a Intrínseca publicou uma imagem de seus títulos que abordam a temática, e disseram: “Não há identidade, amor nem livro impróprio. Repudiamos todo e qualquer tipo de discriminação”.
O prefeito e nenhuma autoridade se manifestou até a publicação desta nota.
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