As proprietárias da ONG Pata Voluntária, que realiza um trabalho de acolhimento de animais em situação de risco no Maceió, foram detidas pela polícias nesta sexta-feira (5).
A suspeita é de uma fraude, realizada para conseguir dinheiro de internautas. A informação foi confirmada pelo portal G1.
Tudo começou após o perfil da ONG compartihar um pedido de ajuda na última quinta-feira (4). A publicação alegava que o local havia sido roubado.
“Estamos em pânico, com medo, sem forças pra nada, mas infelizmente não temos a opção de parar pra nos recuperar, temos que lutar pelos animais que resgatamos, pois eles não têm mais ninguém no mundo a não ser nós aqui e vocês. Os animais estão sem nada e não temos de onde tirar, o que tem na sede principal só dá para os animais doentes, estamos desesperadas. Por misericórdia imploramos que ajudem”, dizia um trecho do post no Instagram da ONG, que tem 1,5 milhões de seguidores.
Na manhã de hoje, a organização informou ter feito dois boletins de ocorrência. Elas também pediram desculpa pela demora em registrar o crime. “Ontem ainda estávamos completamente em choque pelo trauma que passamos, pois não foi apenas um roubo, fomos humilhadas e agredidas”, continuaram.
No entanto, algumas horas depois, uma nova mensagem foi publicada no perfil da Pata Voluntária. “Peço a todos que parem de doar. Infelizmente, descobrimos que não houve crime algum. Trata-se de uma fraude”. O anúncio foi assinado pelos delegados Leonam Pinheiro, Fábio Costa e Thiago Prado.
Além do texto, eles também publicaram um vídeo mostrando o local onde a ONG supostamente funcionava.
“Aqui supostamente seria a sede do abrigo. Nós encontramos fechada, do jeito que estou mostrando, não tem absolutamente nada, nem estrutura, muito menos animais, está a sede totalmente abandonada. Aqui é o local onde supostamente teria acontecido o assalto, onde elas foram assediadas, onde estariam os animais”, diz um dos delegados.
Ainda não há mais detalhes sobre a investigação. De acordo com a Polícia Civil, as suspeitas estão prestando depoimento na sede da Divisão Especial de Investigação de Capturas (Deic), na capital alagoana, sobre o ocorrido.