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“Deus permite que a alma sofra para o crescimento”

Ana Bardella Por Ana Bardella
20/12/2017
Em Últimas Notícias
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Não importa o dia: as celebrações conduzidas por pe. Marcelo Rossi estão sempre lotadas. Realizadas no Santuário Mãe de Deus, em São Paulo (com capacidade para 50 mil pessoas), suas missas ainda são transmitidas em diferentes canais de televisão e por isso alcançam um número incontável de fiéis ao redor do país. Ordenado padre há 23 anos, o religioso passou por experiências intensas desde que iniciou esse caminho: da explosão de sucesso no final da década de 90 até uma depressão sobre a qual só conseguiu falar em 2013. Hoje, recuperado, ele trabalha em ritmo pesado e confessa sua mais nova paixão: o público jovem. Confira o bate-papo exclusivo com a Revista AnaMaria!

Como foi a gravação do seu último trabalho, o DVD Imaculada (Sony Music, R$ 23,90)?
Esse é um DVD sobrenatural. Lembro que, para as gravações, entrei no palco com o coração acelerado: estava com medo de cair, as luzes atrapalhavam minha visão… E justo quando falava sobre a minha depressão, antes de cantar a música Sonhos de Deus, não é que eu piso em falso? Mas alguma coisa fez com que eu caísse direitinho: semiflexionei a coluna, posicionei meu pé da maneira certa para que não me machucasse, dei um pulo e imediatamente voltei para o palco. Se não faço isso, ia para o chão e acabava tudo. Era para eu ter me estourado todo. Isso não saiu do meu coração, está guardado até agora. O acontecimento me trouxe à memória algo da minha juventude. Em um acidente causado por outro motorista, bati com tudo contra um poste. O carro que eu dirigia deu perda total. Mas o vidro não quebrou e eu não bati a cabeça. Lembro que senti como se fosse uma mão segurando com força meu peito durante aqueles segundos. Naquele dia, eu estava usando uma camiseta da Imaculada.

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Por que optou pelas regravações?
Eu tenho cada música linda… Mas havia quatro anos que não gravava. Enquanto eu falava em escrever livros, as pessoas diziam: “Padre, está na hora do DVD”. E outra coisa: quem tem 18, 19 anos, não conhece Erguei as Mãos, por exemplo. Quando a lancei, nenhum religioso até então tinha entrado em um mundo laico, foi um desafio. Mas confesso que eu estou aprendendo a falar com essa geração. Realmente, o DVD está nas lojas, mas eu estou no Spotify [plataforma de músicas on-line] também. Eu dei uma reciclada.

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Você também está na rádio…
No período da minha depressão, comecei a ter insônia. Brigava com o travesseiro, não dormia nada. Hoje entendo por que os médicos nos perguntam como está o nosso sono, porque ele é realmente fundamental. Como não dormia à noite, não quero atacar ninguém, mas não posso deixar de falar. Eu ligava a televisão e que coisa horrível! Deus é puro comércio! É aquela barganha (nós chamamos isso de teologia da prosperidade): você dá isso que eu te dou isso.

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E você discorda completamente?
Nossa, minha fé não é essa. Tanto é que eu falei: vou fazer um programa e mostrar como é. Pensei: o melhor horário é a meia-noite, por mais que para mim seja horrível. Como é tudo ao vivo, é um sufoco. Mas está bombando.

Tem conseguido atingir o público?
Existe uma preocupação muito grande no meu coração com os jovens. E é na madrugada que esse pessoal está acordado. Para provar o quanto está dando certo, é só vir até o Santuário [local onde celebra as missas] nas quintas-feiras. Apesar do tamanho do local, tem gente que fica do lado de fora, encostada na parede. De uns tempos pra cá, comecei a perguntar quem tinha menos de 30 anos. O número foi crescendo até chegar à metade das pessoas do lugar. Minhas redes sociais e o programa na rádio fizeram diferença. O que vejo é que muitos jovens estão na busca.

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E a sua depressão, como começou?
Para chegar a esse estágio juntou um monte de coisas. Eu tenho discopatia degenerativa, que é quase uma hérnia de disco. Lido com isso desde os 18 anos, mas passei do limite de trabalho. Nesse corre-corre, não fui fazendo os alongamentos que sabia, deixei os exercícios de RPG. A dor apareceu e então o médico me receitou anti-inflamatórios. Mas comecei a fazer coquetéis de remédios, fiquei nessa por mais de um ano. Quem me deu o alerta de que estava exagerando foi meu dentista. Meu fígado já estava sendo afetado, estava quase desenvolvendo uma cirrose. Quando pensamos na doença, logo associamos com a bebida, mas existe outro tipo. Eu não podia mais tomar remédio nenhum. Foi aí que veio a notícia ruim, eu estava com depressão. Mesmo assim, fiquei quietinho porque as pessoas não entendem o problema. Eu mesmo não acreditava na depressão, mesmo tendo atendido por 19 anos pessoas que sofriam com ela. Por isso só resolvi falar quando fiquei curado.

E como você detectou que estava curado?
A partir do momento em que eu assumi. Quando eu fui à luta. Sabe quando você está comendo algo, mas a comida perde o gosto? Eu vivi assim. Não deixei de realizar as coisas, mas… Não dormia à noite. Fui inchando, inchando, me dopando de remédios por causa da dor. Mas não dá pra separar o padre do Marcelo. Isso aqui não é uma profissão. Eu vivi uma profissão quando estava na depressão. Soube que estava curado quando voltou o prazer de celebrar a missa. Não era mais obrigação, ficar olhando no relógio. E voltou a alegria. Para mim, foi uma experiência fantástica. Eu não sou santo. Mas muitos santos da Igreja passaram por isso. Chama-se solidão da alma. São momentos que Deus permite que a alma passe para crescer. Hoje eu entendo bem o que foi.

Você acha que a exposição aos problemas dos demais acaba deixando os padres mais vulneráveis?
O psicólogo, o psiquiatra… Todos eles fazem terapia. Sei que a falha foi minha porque fui deixando de rezar, me automediquei e por isso o Senhor permitiu que eu caísse em depressão. Depois de curado, resolvi falar sobre isso porque é a pura verdade. Eu quero ser verdadeiro, minha vida é assim. E quem mais está exposto à depressão? Jovens, mulheres… O mundo está perdendo os valores. Por isso eu digo: pessoal, cuidado.

Quando o padre Fábio de Melo tornou público que estava sofrendo de síndrome do pânico, vocês chegaram a conversar?
Nessas horas temos que respeitar o tempo das pessoas. Eu passei a mão no telefone e falei: “Irmão, a hora que você precisar, eu estou à disposição”.

No início da sua carreira, você fez um sucesso absurdo. Isso o assustou?
No primeiro ano foi horrível. Na verdade, foram quase cinco anos terríveis. Era lá que eu deveria ter caído em depressão, mas Deus não deixou. Ninguém imaginava. Mas era o momento certo, a hora certa. Nunca nenhum religioso tinha feito isso sem perder a identidade.

Foi ruim pela falta de liberdade?
Até hoje essa não é uma coisa fácil, porque muitas vezes quero ir a um lugar e não posso… Por isso acabo fazendo muitas coisas de madrugada. Mesmo assim, tem um detalhe: se eu tratar mal uma pessoa, não importa o motivo (se eu estou ou não cansado), ela vai ficar com aquilo na cabeça. Você tem que ser amor de qualquer jeito. Isso é algo que eu carrego. Durante a depressão, tive que trabalhar um pouco disso na minha cabeça, entender que é para o bem. Mas hoje as pessoas veem minhas obras, eu tenho uma vantagem. Posso dizer: é agora que eu estou começando.

Neste ano você completou 50 anos. Como lida com a passagem do tempo?
Acredito que passei por coisas incríveis. Estou assumindo a Renovação Carismática Católica: eu nasci nela e agora posso ter liberdade e criatividade. Antes as pessoas me questionavam, hoje eu tenho respeito. Muitas pessoas resolveram seguir a vocação religiosa por causa do meu trabalho. Às vezes, penso: eu tenho um amigo da minha idade e ele já é avô. Se eu tivesse me casado com 20 e poucos anos, poderia ser eu. Eu quase casei, acho o casamento uma coisa linda. Não resolvi ser padre porque briguei com alguém, mas sim porque ofertei isso a Deus e tenho consciência do que é seguir esse caminho. Então, eu também sou pai. Mas um pai espiritual, tenho essa certeza.

 

“Quem mais está exposto à depressão? O mundo está perdendo os valores. Pessoal, cuidado”

 

Antes de terminar a entrevista, pe. Marcelo fez questão de deixar um recado especial para você!

“Por favor, não se esqueça de Deus. Faça sempre essa pergunta para você mesma: o que você está fazendo neste mundo? 50, 70 anos… O que é isso para uma eternidade? O mundo nos vende que nós somos descartáveis. Há toda uma ideologia querendo acabar com a família por aí… Mas, por favor, busque e não se esqueça de Deus”

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