Os 200 anos Independência do Brasil da coroa portuguesa são celebrados nesta quarta-feira, 7 de setembro. Contudo, apesar de toda a narrativa épica sobre o acontecimento, nem tudo aconteceu exatamente como a maioria dos brasileiros pensam.
Quem conta essa história é Éric Moreira, do site Aventuras na História. Ele lembra que, quando pensamos no famoso ‘grito da Independência às margens do Rio Ipiranga’, logo lembramos do famoso quadro ‘Independência ou Morte’, do pintor brasileiro Pedro Américo de Figueiredo e Melo, que foi escolhida como foto principal desta matéria.
Nela, vemos uma grande quantidade de pessoas, todas bem vestidas, e com Dom Pedro I segurando uma espada, apontada para o alto, montado em um belo cavalo. Só que a história real foi um pouco diferente daquela retratada no quadro, que hoje se encontra hoje no acervo do Museu do Ipiranga, em São Paulo (SP).
Em comemoração, trazemos quatro curiosidades sobre a Independência do Brasil, que foram bem diferentes do que a maioria das pessoas imagina. Confira!
1. PASSOU MAL
Sabia que Dom Pedro I não passava muito bem no momento do grito da independência? Isso porque ele estava com dor de barriga, aparentemente, por ter comido algo no dia anterior que o fez passar mal ao longo de 7 de setembro de 1822. Alguns historiadores ainda apontam que ele poderia estar se sentindo mal por estar voltando de uma longa e cansativa viagem, na ocasião.
2. POUCOS ESPECTADORES
Quem olha o quadro de Pedro Américo imagina que dezenas de homens montados a cavalo assistiram Dom Pedro I dando o seu famoso grito da Independência. Contudo, essa seria uma grande licença poética, pois, na realidade, somente 14 pessoas estavam presentes no momento histórico.
3. NÃO BEM ÀS MARGENS
Outro mito sobre o clássico evento do dia 7 de setembro de 1822 engloba a localização das pessoas durante o famoso momento. E, diferentemente do que muitos acreditam, o ‘grito da independência’ não ocorreu às margens do rio Ipiranga.
Isso porque, apesar de não ser um erro afirmar que tudo ocorreu “às margens do Ipiranga”, faltam detalhes sobre a localização precisa. E o engenheiro especializado em cartografia histórica Jorge Pimentel Cintra, ligado à Escola Politécnica e ao Museu do Ipiranga, fez um estudo sugerindo um novo ponto para esse evento histórico, após uma longa investigação. Veja aqui!
4. NADA DE CAVALOS, VIU!
E sabe aquele belo e imponente cavalo, montado por Dom Pedro I na pintura? Na realidade, ele não estava montado em um grande e belo cavalo marrom no momento da Proclamação da Independência, mas sim em uma simples mula, pois voltava de uma viagem do litoral de São Paulo. Ele e as 14 pessoas presentes na ocasião.
O animal costumava ser muito utilizado na época em grandes viagens, devido sua resistência. Além disso, as roupas dos presentes também eram diferentes: enquanto no quadro todos aparecem vestindo uniformes de gala, provavelmente utilizavam peças bem mais confortáveis.
A fim de trazer detalhes da viagem de 1.400 quilômetros que durou um mês, o historiador e autor Rodrigo Trespach acaba de lançar sua mais nova obra ‘Às margens do Ipiranga’, que tem o selo Aventuras na História e Citadel.
Com relatos impressionantes, a obra retrata a longa viagem que a comitiva de Pedro realizou até chegar no momento que entrou para os livros de História, exibindo retratos da época, costumes da população e a também situação sócio-política que o império brasileiro se encontrava naquele momento. ‘Às margens do Ipiranga’ já está disponível em pré-venda na Amazon Brasil.