A 8ª edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino começa na próxima sexta-feira (7), na França, com 24 países participando.
Durante o torneio, que acontece até dia 7 de julho, onze cidades sediarão as partidas.
Na primeira fase, a seleção brasileira marcará presença no grupo C, jogando contra as seleções da Jamaica (09/06), Austrália (13/06) e Itália (18/06).
Para quem ficou interessado na competição, AnaMaria selecionou algumas curiosidades sobre torneio. Confira!
MENOS TEMPO DE JOGO
A 1ª edição da Copa do Mundo Masculina aconteceu em 1930, no Uruguai. Já a versão feminina do torneio foi realizada pela primeira vez muitos anos depois, em 1991, na China.
E as primeiras campeãs foram as norte-americanas, após vencerem a seleção da Noruega.
Uma das polêmicas desta edição foi relacionada ao tempo de jogo. Com a desculpa da condição física das jogadoras, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) resolveu colocar as partidas com 80 minutos de duração, dez a menos do que as jogadas pelos homens. A decisão não foi bem recebida, mas acabou sendo revogada somente em 1995.
MAIOR CAMPEÃ
A seleção feminina norte-americana é atualmente a maior vencedora da competição.
Além da 1ª edição, as meninas dos Estados Unidos chegaram à decisão do campeonato quatro vezes, levando a taça para casa em três oportunidades. A equipe ainda possui três medalhas de bronze.
CRAQUE
Apesar de ainda não ter sido campeã de nenhuma Copa Feminina, a seleção brasileira possui a maior artilheira da competição: Marta.
Nas quatro edições das quais já participou, a jogadora marcou 15 gols. No total, já foram 101 gols com a camisa da seleção – número maior do que os 95 gols que Pelé fez em sua carreira usando a amarelinha.
A jogadora também já foi eleita a melhor do mundo pela Fifa por seis vezes. Entre homens e mulheres, ela atualmente é a maior vencedora do prêmio.
CENÁRIO EM 2019
Pela primeira vez na história, será possível acompanhar os jogos da Copa do Mundo Feminina pela TV aberta. Neste ano, a TV Globo, conhecida por ter uma grade forte voltada para o esporte na versão masculina, irá transmitir todas as partidas do mundial.
Nos anos anteriores, apenas os jogos da seleção brasileira foram televisionados no Brasil.
Inédito, o fato inspirou projetos relacionados ao futebol feminino na tentativa de divulgar ainda mais a competição, por meio de hashtags nas redes sociais e ações de incentivo.
A empresa Peita, conhecida por suas camisetas de cunho político e social, lançou a campanha #JogueComoUmaGarota. Ela consiste em realizar eventos com transmissão ao vivo das partidas do Brasil.
Diversos bares também aderiram a campanha e irão realizar uma programação especial para prestigiar a seleção feminina, bem como acontece com frequência na Copa do Mundo Masculina.
A empresa ainda lançou uma camiseta especial junto com o projeto ‘Joga Miga’, que oferece aulas de futebol e treino para mulheres que desejam começar a jogar. A peça foi feita com as cores do primeiro time de futebol feminino do país, o Esporte Clube Radar. O lucro das vendas será revertido para financiar organizações de mulheres que jogam futebol.
BOA PROCURA
O interesse por futebol feminino vem crescendo nos últimos anos. De acordo com o levantamento realizado pelo software de busca competitiva SEMRush, a busca por “futebol feminino” em sites de pesquisa cresceu cerca de 22,30% desde abril de 2018 até março deste ano.
O levantamento também apontou que a jogadora Marta é a mais pesquisada da seleção, com uma marca de 140 mil buscas no último ano. A camisa 10 é seguida pela jogadora Debinha, com 15.480 mil buscas.
Nathalia Santiago, uma das idealizadoras do projeto ‘Joga Miga’, também notou o crescimento na procura pelo esporte. “Do fim de 2019 até o começo de 2019, crescemos de duas turmas para sete”, contou para AnaMaria. Segundo ela, a Copa foi um dos fatores que impulsionou este aumento da demanda.
A jovem também sentiu uma diferença nas redes sociais em relação à interação do público com publicações sobre a Copa. No perfil oficial do ‘Joga Miga’, as organizadoras estão realizando uma cobertura intensa da rotina da seleção brasileira. “Eu acho que nunca vimos no Brasil tanta visibilidade como esse ano, o que nos dá um ânimo a mais”.
HORA DELAS BRILHAREM
A publicitária e influenciadora Natália Paixão se inspirou na paixão por futebol nacional para falar sobre a seleção feminina. Em suas redes sociais, ela tem produzindo conteúdo voltado para divulgar os jogos. “Eu comecei a falar do assunto para o meu público desde o ano passado. Fui me questionando o motivo as pessoas não falarem sobre isso, além de só se reunirem quando acontece Copa masculina”, revela.
De acordo com Natália, a resposta de seus seguidores foi melhor do que esperava. Tanto que a tabela com os horários e datas dos jogos produzida por ela foi divulgada até mesmo no perfil oficial do time. “As pessoas estão enaltecendo a seleção. E quando a gente levanta uma mulher, todas se levantam juntas”, destaca.
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