A importância de lavar bem as mãos, manter a casa limpa e arejada nunca foi tão disseminada pelo mundo quanto no período da pandemia do Coronavírus.
Estes hábitos de higiene, que podem proteger contra a transmissão da doença, surgiram há centenas de anos com a ajuda da enfermeira britânica Florence Nightingale, de acordo com um levantamento realizado pelo ‘Aventuras na História’.
Ainda na década de 1860, a enfermeira assegurava a importância dos profissionais da saúde manterem as mãos sempre limpas e chegou a implementar a prática no dia-a-dia do hospital do exército britânico durante a Guerra da Crimeia.
“Toda enfermeira deve ter o cuidado de lavar as mãos com muita frequência durante o dia. Se o rosto dela também, tanto melhor”, afirmou em seu livro ‘Notes on Nursing’.
Mas não foi somente essa herança que Nightingale deixou. A enfermeira, assim como tantos outros profissionais da sua época, compreendia os lares como os locais essenciais para a prevenção e contaminação das mais variadas doenças.
Por esse motivo, ela indicava que as pessoas tomassem o máximo de cuidado com a higiene do lar, sugerindo que evitassem poeira e fumaça, além de abrirem as janelas, possibilitando a entrada de ar fresco e luz.
Nightingale afirmava que a mobília da casa sempre deveria estar limpa e era necessário dar atenção especial aos cantos e frestas, já que, segundo ela, as partículas de poeira “poluem o ar da mesma maneira que se houvesse um monte de esterco no porão”.
A profissional também tinha uma visão mais avançada dos cuidados com a saúde mental e prevenção de vícios, Por variadas vezes, sugeria que os soldados lessem, socializassem e escrevessem, para que não acabassem caindo no tédio ou alcoolismo.
Muito além de deixar informações importantes para a posteridade, a britânica conquistou grandes marcos durante a sua trajetória. Em 1858, ela se tornou a primeira mulher a ser admitida no London Statistical Society, após criar diagramas que comprovavam que mais soldados eram mortos por doenças do que por feridas de batalhas.