O Ministério da Agricultura informou que foram encontradas as substâncias tóxicas dietileno e monoetilenoglicol na água usada na produção da cervejaria Backer, em Minas Gerais.
As informações fazem parte do resultado preliminar da investigação, divulgado pelo Ministério da Agricultura na última quarta-feira (15).
O Ministério informou que ainda não há como determinar a causa da contaminação da água utilizada pela cervejaria e nem quando começou a contaminação.
O coordenador geral de vinhos e bebidas do Ministério da Agricultura, Carlos Vitor Muller, explica que as substâncias não podem ser misturadas na água utilizada na fabricação do produto.
Devido a essa contaminação, o Ministério intimou a cervejaria a recolher todas as marcas produzidas pela empresa desde outubro, e não só a cerveja belorizontina.
SÍNDROME NEFRONEURAL
A investigação apontou que os lotes contaminados passaram por diversos tanques de produção da cervejaria.
A empresa produz as cervejas Backer, Medieval, Pele Vermelha, Bravo, Exterminador, Três Lobos, Capitão Snera, Corleone, Tommy Gun, Diabolique, Julieta, Fargo, Cabral, Cacau Bomb, além da Belorizontina e da Capixaba.
As substâncias são investigadas como as possíveis causas da síndrome nefroneural. A Polícia Civil de Minas divulgou oficialmente, na quarta-feira (15), a segunda morte pela doença.
Uma terceira está sendo investigada após notificação da prefeitura de Pompeu, no interior do estado, ocorrida na terça. A Secretaria de Saúde de Minas Gerias afirma que, ao todo, são quatro casos confirmados da síndrome e outros 13 em investigação.
O Ministério da Agricultura informou que continuará as investigações administrativas, garantindo o direito de defesa para a cervejaria Backer.
A Cervejaria reafirmou que nunca comprou ou utilizou o dietilenoglicol. Disse ainda que aguarda os resultados das apurações e continua à disposição das autoridades. Em coletiva nessa terça-feira, a Backer aconselhou os consumidores a não beberem a cerveja belorizontina.