A taxa de desemprego no Brasil é a 4ª maior entre as principais economias do mundo. Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada pela agência Austin Rating a pedido do G1, que reuniu dados oficiais de 44 países referentes ao 3º trimestre de 2021.
Os números apontam que o desemprego chegou aos 13,2% entre os meses de julho e setembro – correspondendo a 13,7 milhões de trabalhadores (de acordo com dados do IBGE). Antes da pandemia, o índice estava abaixo dos 12%.
Os únicos países analisados que apresentam taxas piores que o Brasil são Costa Rica, Espanha e Grécia. Já os que mostraram os dados mais otimistas do ranking foram Suíça e República Checa, ambos com 2,6% de desemprego.
Vale destacar que Argentina, África do Sul e Arábia Saudita foram os únicos países do G20 que não apresentaram dados oficiais e ficaram de fora da avaliação.
Isso significa que a desocupação no Brasil é mais que o dobro da média global e a pior entre os integrantes do G20 (grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia) avaliados pelo levantamento.
CAUSAS
As razões para taxas de desemprego tão alarmantes foram explicadas pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, em entrevista ao G1. Segundo ele, os números partem de um período prolongado de baixo crescimento econômico somados a problemas estruturais históricos da economia brasileira, como a baixa produtividade.
As baixas expectativas quanto à inflação e ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também estão relacionadas à lenta recuperação do mercado de trabalho nos últimos meses.
“Em 2021, se esperava uma retomada e uma perspectiva melhor, mas o que a gente vê é que, infelizmente, o Brasil cresce numa média muito menor que a dos países emergentes e também da média global”, pontuou Agostini.
PREVISÕES
Infelizmente, as previsões do economista para 2022 também não são as mais otimistas. Alex Agostini projeta desemprego médio de 14% ao final de 2021 e de 13,5% em relação ao ano que vem – especialmente diante do “ambiente político conturbado”.
As estimativas são um pouco mais alarmantes do que as apresentadas pelo banco Itaú, também segundo o G1, que calcula taxa média de 13,1% em 2021 e 12,9% em 2022.