O ex-juíz Sergio Moro, que é pré-candidato à presidência da República nas eleições deste ano, repeliu a possibilidade do Brasil ter um 2º turno nas eleições entre o ex-presidente, Lula, e o atual comandante do cargo, Jair Bolsonaro, em entrevista ao ‘Jornal da Manhã’, da Jovem Pan News, nesta terça-feira (18). Vale ressaltar que as pesquisas atuais dizem que Lula tem chances de vencer ainda no 1º turno.
Moro falou sobre o assunto quando foi questionado se, hipoteticamente, apoiaria um dos candidatos na 2ª fase da disputa eleitoral. Em sua visão, porém, o país não será submetido a “escolhas trágicas”. “Nem quero pensar em mais quatro anos de Bolsonaro ou Lula, seria tão trágico. No mínimo, perdemos quatro anos, mas há risco de comprometer o nosso futuro de maneira significativa. São governos que estão comprometidos com modelos de corrupção. Mas temos tempo, vocês não estão fadados a cometer suicídio político“, afirmou.
Em quem você pretendo votar na próxima eleição para presidente?
- Lula
- Jair Bolsonaro
- Sergio Moro
Na visão dele, ninguém quer essa polarização entre esses dois extremos, pois as pessoas teriam percebido que ambos têm a oferecer, além de ser alternativa um do outro. Pré-candidato à presidência, o ex-juiz ainda reconheceu os altos índices de rejeição que enfrenta, afirmando serem culpa das “mentiras e fake news” pelo seu trabalho feito na Lava Jato e no Ministério da Justiça. “Quando saio na rua não tenho visto a rejeição que as pesquisas estão apontando, pelo contrário”, completou.
ARREPENDIDO DO MINISTÉRIO?
Sergio Moro também foi questionado, na mesma entrevista, se estaria arrependido de ter aceito o convite de Jair Bolsonaro para integrar seu governo, como Ministro da Justiça. Ele reconheceu, então, que o atual presidente já era uma “pessoa controvertida”, mas que enxergava uma chance da gestão “dar certo”, o que o fez aceitar o cargo. “Se tivesse ido apenas pelo prestígio de ser ministro da Justiça, eu tinha ficado lá. Mas preferi sair, porque não compactuo com coisa errada. Fui porque achava que tinha uma chance de dar certo e achava que o projeto era mais importante do que me omitir dessa possibilidade de erro”, afirmou.