A Polícia Civil do Rio de Janeiro analisou o celular de Thayná Ferreira, babá do menino Henry, e declarou que a funcionária chegou a presenciar, de forma indireta, algumas torturas feitas por Dr. Jairinho (sem partido). Uma delas aconteceu no dia 2 de março, antes do assassinato, quando o vereador se trancou com o garoto no quarto. Segundo ela, Henry só conseguia gritar “eu prometo”, pois estava com a boca tampada.
Quem encontrou o relato foi o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, em um aplicativo de troca de mensagens. Ainda de acordo com ele, Thayná falou sobre o assunto com seu noivo naquele exato momento. A investigação aponta que Henry não demonstrou sinais quando saiu do cômodo, apenas horas depois, quando não quis interagir com outras crianças na brinquedoteca.
No dia 12 de fevereiro, foi encontrado mais um relato: a babá presenciou Jairinho se trancando com Henry no quarto e telefonou para Monique, mãe da criança, que estava em um salão de beleza. A matriarca chegou três horas mais tarde.
Naquele mesmo dia, Thayná contou ao parceiro que Henry, antes de entrar no quarto, se agarrou à ela com muita força e chegou a rasgar sua roupa. O vereador lamentou o acontecido e lhe deu R$ 100 pelo prejuízo.
Monique e Jairinho foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, quando há tortura e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Por conta do relato do dia 12 de fevereiro, o vereador foi indicado por tortura e a empresária, por omissão.