O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso por estuprar uma paciente durante o parto, também é réu em um outro processo, desta vez por erro médico. A informação é do portal G1, da última terça-feira (12).
Uma paciente moveu um processo contra três médicos – um deles é Giovanni – por ter dois diagnósticos equivocados no Hospital Mario Lioni, até ser diagnosticada com H1N1 no Hospital de Irajá, no Rio de Janeiro.
O caso aconteceu em julho de 2018. A mulher em questão chegou à unidade de saúde apresentando “delírios, calafrios, dificuldade na respiração, com falta de ar, tossindo muito e tontura”. Com isso, ela foi diagnosticada inicialmente com infecção urinária.
Embora os enfermeiros tenham alertado a médica de que era necessário outros exames para descartar um caso mais grave, a profissional deu alta para a paciente após ministrar medicamentos para infecção urinária.
O quadro da vítima não melhorou e ela voltou ao hospital, sendo atendida por Giovanni. Ele, por sua vez, reforçou o diagnóstico ainda que a paciente estivesse pior. O anestesista teria dito que a paciente estaria com “ansiedade, e que seu estado físico estava bem”.
A mulher foi a um terceiro médico, com um quadro ainda pior. Na quarta vez, ela resolveu procurar outro hospital, quando foi diagnosticada com uma pneumonia severa, com apenas 25% dos pulmões em funcionamento. Ele também era portadora do vírus H1N1.
A vítima ficou em coma por 23 dias, uma vez que sofreu trombose por falta de fluxo sanguíneo. Com isso, ela perdeu o polegar do pé direito e sofreu sequelas no nervo do joelho direito, além de ter que reconstruir o tendão de Aquiles. A paciente também perdeu cabelo, teve distrofia muscular e perda de memória antiga.
A mulher, então, entrou com uma ação indenizatória contra o hospital e os três médicos que lhe atenderam e deram o diagnóstico errado. O Hospital de Clínicas Mário Lioni ressaltou que o processo não possui relação com as acusações recentes contra Giovanni.
PRESO EM FLAGRANTE
O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante na madrugada de segunda-feira (11) pelo crime de estupro. No Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, ele foi visto colocando o pênis na boca da paciente que estava dopada para dar à luz ao bebê.
O flagra se deu por causa de um vídeo gravado na sala de cirurgia e entregue à polícia momentos depois. As imagens foram feitas por enfermeiras que desconfiavam da quantidade de sedativo que Giovanni dava às mulheres na hora do parto e estranhavam movimentações dele durante o procedimento.
Com as provas, Quintella foi preso em flagrante pela Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, com pena que varia de 8 a 15 anos.
Até o momento, outras seis mulheres foram à Delegacia para acusar Giovanni de estupro e prestar seus depoimentos.