Imagine poder transformar seus pensamentos em palavras sem precisar falar ou digitar. Parece coisa de filme, não é? Mas a IA da Meta, empresa liderada por Mark Zuckerberg, está tornando isso realidade. Recentemente, a empresa anunciou um avanço impressionante: uma tecnologia capaz de decodificar sinais cerebrais e transformá-los em palavras e imagens com 80% de precisão.
Como a IA que lê mentes funciona?
A grande novidade do estudo, realizado em parceria com o Centro Basque de Cognição, Cérebro e Linguagem, é o uso de técnicas não-invasivas. Diferente de métodos anteriores, que exigiam cirurgias ou procedimentos complexos, a Meta utilizou a magnetoencefalografia (MEG) e a eletroencefalografia (EEG) para capturar as ondas cerebrais de 35 voluntários enquanto eles digitavam frases em um teclado.
A partir desses dados, um modelo de inteligência artificial foi treinado para reconstruir os pensamentos dos participantes. O resultado? A IA conseguiu acertar 80% das frases pensadas quando utilizou as ondas captadas pela MEG. Com a EEG, a precisão caiu pela metade, mas ainda assim é um avanço significativo.
O cérebro e a linguagem: um código dinâmico
Além de decodificar pensamentos, os cientistas descobriram como o cérebro transforma sinais neurais em linguagem. Durante o estudo, eles capturaram mil instantâneos do cérebro por segundo usando a técnica MEG. Isso revelou que o cérebro gera uma sequência de representações, começando no nível mais abstrato — o significado de uma frase — e progredindo para ações concretas, como o movimento dos dedos ao digitar.
Esse processo é possível graças a um “código neural dinâmico”, que mantém várias representações rodando simultaneamente. Em outras palavras, nosso cérebro é uma máquina incrivelmente eficiente, capaz de realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo.
O futuro das interfaces cérebro-computador
A Meta acredita que essa pesquisa pode abrir caminho para interfaces cérebro-computador não invasivas, especialmente para pessoas que perderam a capacidade de falar. No entanto, ainda há desafios a superar. A precisão da decodificação precisa melhorar, e a técnica MEG exige que os participantes fiquem imóveis em uma sala blindada magneticamente. Além disso, estudos futuros precisarão explorar como essa tecnologia pode beneficiar pessoas com lesões cerebrais.
Apesar dos obstáculos, a IA da Meta já está mostrando que o futuro da comunicação pode ser muito diferente do que conhecemos hoje. E você, já imaginou como seria usar uma IA que lê mentes no seu dia a dia?
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