Theresa Fonseca fez sua estreia nas telinhas em Mar do Sertão, na Globo. Formada em Publicidade e Artes Cênicas, bastou pisar em um palco de teatro para descobrir sua vocação. São mais de 15 anos dedicados à carreira artística – um caminho que vem ao encontro dos seus sonhos e desejos.
Muito segura com sua escolha, ela conta que conquistar o papel de Labibe em Mar do Sertão exigiu uma grande jornada de testes: foram mais de seis meses até entender a similaridade com a personagem: “O jeito que ela vê o mundo com olhos de pureza e desprovida de qualquer preconceito me encanta”.
E a atriz não se cansa de explicitar o orgulho [e identificação] que sente por ter interpretado uma moça sonhadora, romântica e, ao mesmo tempo, forte, sempre buscando ressaltar valores atuais significativos, como a importância da autoestima e da força feminina. “Labibe nasceu para ser uma mulher determinada, de opinião própria”, defende.
Antenada, Theresa costuma aparecer com looks estilosos nas redes sociais, mostrando que é vaidosa, mas na medida: “Me considero vaidosa, sim, mas sem tentar me impor parâmetros de perfeição inalcançáveis”.
Sábia, ela encontra na fé o direcionamento para seus embates e questionamentos. “A fé é o meu maior bem. Em todos os momentos difíceis na minha vida, foi por meio dela que consegui escolher o melhor caminho, agindo com maior sabedoria, prudência e amor”, encerra.
Confira a entrevista com a atriz:
Você sempre aparece com looks cheios de estilo nas redes sociais. Qual sua relação com a moda?
Moda é um elemento bastante importante e presente na minha vida. Sempre gostei de me expressar por meio das roupas que uso. Em cada lugar que estou, acabo me deixando permear pelo ambiente para me inspirar e me vestir a partir disso.
Considera-se vaidosa ao extremo ou na medida?
Eu me considero vaidosa na medida. Gosto sempre de estar bem, saudável, mas sem tentar me impor parâmetros de perfeição impossíveis e inalcançáveis.
Tem um truque de beleza para dividir com a gente?
Hidratar-se sempre. Bebo muita água e muitas xícaras de chá durante o dia todo.
E como foi estrear na dramaturgia numa novela tão especial e que retrata tão bem a realidade, especialmente a do povo nordestino?
Mar do Sertão foi um presente gigantesco na minha vida. Sou extremamente grata por ter estado nesse projeto incrível, com pessoas talentosíssimas e corações raros. O povo nordestino é repleto de vida, alegria, cultura e de uma sabedoria admirável. Possui um olhar para a vida mais esperançoso, cheio de fé. A novela retratou isso muito bem.
Você acredita que o amor transforma?
Claro! Acredito que tudo se transforma quando se tem amor. Começamos a avaliar as ações dos outros com mais empatia e sensibilidade. A partir dessa perspectiva, tudo muda, simplesmente por nos reconhecermos no outro.
Como você enxerga o papel da arte/cultura para discutir e combater esse tipo de coisa?
A arte é a maior expressão da criatividade do espírito. E o preconceito, opostamente, serve para achatar e amiudar a alma. Portanto, preconceito e arte refletem valores antagônicos e paradoxos. Um não cabe no outro. O ser humano tem o dever de respeitar realidades diversas, ampliando sempre sua compreensão sobre si, o outro e a vida. A arte é um excelente instrumento para isso.
A amizade que sua personagem tinha com Candoca (Isadora Cruz) e Lorena (Mariana Sena) é encantadora. Vocês mostravam uma cumplicidade muito grande, se entendiam, se complementavam. Essa sororidade se estende na vida real?
Sim, a nossa conexão se deu de forma rápida e consistente. Encontramos apoio grande uma na outra. Nós não morávamos no Rio e estávamos imergidas em uma realidade completamente nova. Amo estar com elas e vou alimentar essa amizade pra sempre.
Você é de uma família muito religiosa. A fé é um norte em sua vida?
A fé é o meu maior bem. Em todos os momentos difíceis na minha vida, foi por meio dela que consegui escolher o melhor caminho, agindo com maior sabedoria, prudência e amor.
Deus é seu maior conselheiro?
Deus é a sabedoria suprema. Tudo que provém d’Ele é bom e perfeito. O Espírito Santo é o meu maior conselheiro. Rezo sempre pedindo para que eu seja sensível ao Seu toque.
Há instantes em que somos colocados à prova e nada parece fazer sentido. Nessa hora, sua fé não titubeia?
Tudo sempre faz total sentido a partir da perspectiva da fé. Posso até não compreender no momento, mas me sinto segura e confiante de que Deus está no controle e comando, fazendo com que tudo coopere para o bem daqueles que O amam.
Uma mensagem de fé e otimismo às leitoras…
Que amar o próximo seja nosso maior compromisso. Gosto sempre de me lembrar da frase de Santa Terezinha: “Compreendi que, sem o amor, todas as obras são nada, mesmo as mais brilhantes”.