A influenciadora digital Isabel Veloso, que compartilha sua luta contra um câncer terminal, enfrenta um novo desafio: conciliar a maternidade com o tratamento quimioterápico. Após o diagnóstico de linfoma de Hodgkin e um prognóstico reservado, a jovem de 18 anos descobriu estar grávida e, agora, precisa retomar o tratamento oncológico. A decisão levanta questões importantes sobre a quimioterapia durante a gravidez e as implicações para a saúde da mãe e do bebê.
Conciliar a gestação com um câncer é um processo complexo e delicado, que exige uma avaliação cuidadosa de cada caso. Os riscos e benefícios do tratamento precisam ser cuidadosamente ponderados, levando em consideração o tipo de câncer, o estágio da doença, a idade gestacional e as condições de saúde da mãe.
A seguir, AnaMaria aborda as implicações da quimioterapia durante a gravidez, os desafios enfrentados pelas mulheres nessa situação e os avanços da medicina nesse campo. Confira.
Quimioterapia durante a gravidez: um dilema médico
A decisão de realizar quimioterapia durante a gravidez é um dilema médico que, embora complexo, tem se beneficiado dos avanços da oncologia e da medicina fetal. Por um lado, o tratamento é essencial para controlar a doença e aumentar as chances de sobrevida da mãe, permitindo que ela acompanhe o desenvolvimento de seu filho. Por outro lado, os medicamentos quimioterápicos podem causar efeitos colaterais tanto para a mãe quanto para o bebê.
No entanto, os protocolos de tratamento têm evoluído significativamente, com a identificação de drogas menos tóxicas para o feto e a personalização dos esquemas terapêuticos, buscando maximizar os benefícios e minimizar os riscos. A avaliação multidisciplinar, que envolve oncologistas, obstetras e outros especialistas, é fundamental para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê.
Quais os riscos da quimioterapia durante a gravidez?
A quimioterapia durante a gravidez pode aumentar o risco de:
- Parto prematuro: a quimioterapia pode levar ao enfraquecimento do colo do útero e aumentar o risco de contrações prematuras;
- Baixo peso ao nascer: os bebês de mães que fazem quimioterapia durante a gravidez podem nascer com peso abaixo do esperado;
- Defeitos congênitos: alguns medicamentos quimioterápicos podem aumentar o risco de malformações congênitas, especialmente se utilizados no primeiro trimestre da gestação;
- Problemas de desenvolvimento: a exposição à quimioterapia pode afetar o desenvolvimento do bebê a longo prazo, mas mais estudos são necessários para confirmar essa associação.
Por que fazer quimioterapia durante a gravidez?
A quimioterapia durante a gravidez pode oferecer diversos benefícios para a mãe e o bebê, como:
- Aumento das chances de sobrevida da mãe: o tratamento pode controlar a doença e aumentar as chances de cura;
- Possibilidade de acompanhar o crescimento do bebê: a mãe pode acompanhar a gestação e o desenvolvimento do bebê durante o tratamento;
- Criação de um vínculo mãe-filho: a gravidez pode ser um momento de grande conexão emocional entre mãe e filho, mesmo durante o tratamento.
A quimioterapia durante a gravidez é um desafio complexo que exige uma avaliação individualizada de cada caso. A decisão de iniciar ou continuar o tratamento deve ser tomada em conjunto com a equipe médica, levando em consideração os riscos e benefícios para a mãe e o bebê.
O futuro de Isabel Veloso e de outras mulheres que enfrentam esse quadro é incerto. No entanto, a medicina está em constante evolução e novas terapias estão sendo desenvolvidas, o que oferece esperança para o futuro.
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