As ginastas brasileiras conquistaram um feito inédito nas Olimpíadas 2024: o bronze por equipes na ginástica artística. Na última terça-feira (30), Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Oliveira escreveram um capítulo inédito na história dos esportes brasileiros.
Quem abriu a série na Trave da final com sua entrada-assinatura foi Julia Soares. A atleta homologou o movimento de entrada no aparelho da ginástica artística aos 15 anos, durante os jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro de 2021.
No elemento, a ginasta salta da plataforma para a trave em vela com meia pirueta (180º), sustentando o corpo de ponta-cabeça pelos braços, do lado oposto de onde iniciou a manobra. O movimento que faz parte do código da federação internacional de ginástica (FIG) foi batizado com o sobrenome de Julia Soares. Aos 18 anos, a jovem atleta estreou nas Olimpíadas de Paris 2024 e conquistou o público com movimentos precisos e alto nível técnico.
O elemento ‘Soares’ é parecido com outro movimento da ginástica artística, o ‘candle mount’, com a diferença de que neste movimento, não há meia pirueta e o corpo da atleta termina do mesmo lado de onde partiu.
Como as atletas batizam movimentos na ginástica artística?
Batizar um elemento da ginástica artística não é uma tarefa simples: para isso, os atletas precisam realizar um movimento sem grandes erros na execução. Além disso, ele precisa ser inédito, ou seja, nunca ter sido realizado em uma competição oficial da Federação Internacional de Ginástica.
Outras atletas que deram nome aos movimentos na ginástica
Assim como Julia, outros atletas brasileiros também batizaram elementos da ginástica artística. Confira a seguir quem são:
Daiane dos Santos
A ginasta fez história ao desenvolver, com auxílio de seu técnico Oleg Ostapenko, o Duplo Twist Carpado. O movimento foi executado pela primeira vez no Mundial de Anaheim, na Califórnia em 2003. Daiane conquistou o ouro durante a competição na final do solo. Além de ‘Dos Santos’, como foi batizado o elemento, a atleta também dá nome ao Duplo Twist esticado.
Lorrane Oliveira
Anos depois de Daiane dos Santos criar e batizar os movimentos ‘Dos Santos’ I e II, Lorrane aprimorou o Duplo Twist Carpado, batizando a nova versão de ‘Oliveira’ no Mundial de 2021.
Heine Araújo
A primeira brasileira a dar nome a um movimento na ginástica artística foi Heine, que batizou um giro na trave com seu nome no Mundial da Bélgica em 2001. O elemento é um giro de 720º, partindo com as duas pernas esticadas.
Diego Hypólito
Na ginástica masculina, Diego é o atleta com mais movimentos nomeados. Hypólito, Hypólito II e Hypólito III são variações do Duplo Twist Carpado com mortal.
Sérgio Sasaki
O movimento das barras paralelas foi batizado com o nome de Sérgio Sasaki, quando o ginasta tinha apenas 19 anos. O elemento é uma pirueta e meia para trás, após ter as pernas posicionadas para cima.
Arthur Zanetti
Em ‘Zanetti’, o ginasta mantém o corpo paralelo ao solo enquanto o eleva acima da linha das argolas. O impressionante elemento ficou conhecido como Zanetti, e rendeu medalhas ao ginasta brasileiro.
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