Dezessete anos depois de um estudo significativo ter examinado a relação entre a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola – a chamada MMR – e autismo, pesquisadores determinaram mais uma vez que as crianças que recebem imunização não correm maior risco de desenvolver o problema.
“O estudo apoia fortemente que a vacinação com MMR não aumenta o risco de autismo, não desencadeia a doença em crianças suscetíveis e não está associada ao agrupamento de casos de autismo após a vacinação”, escreveram os pesquisadores no estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine, do American College of Physicians.
A pesquisa tenta reverter a crença de que essas vacinas causam autismo mesmo diante das garantias dos Centros de Controle de Doenças sobre sua segurança. No último ano, houve um aumento de 30% nos casos de sarampo em todo o mundo e surtos mortais em áreas com grandes quantidades de crianças não vacinadas. Em janeiro, a Organização Mundial de Saúde chamou a hesitação das vacinas – a “relutância ou recusa em vacinar apesar da disponibilidade” – como uma das principais ameaças à saúde global em 2019.
BAIXO RISCO
Para este estudo, os pesquisadores analisaram dados de 657.461 crianças nascidas na Dinamarca entre 1999 e 2010. Durante esse tempo, 6.517 delas foram diagnosticadas com autismo, mas a chance de desenvolver a doença não foi maior para aquelas que receberam as vacinas MMR e aquelas que não receberam.
Além disso, não houve aumento do risco de autismo para crianças que receberam a vacina MMR e também eram membros de outros subgrupos – irmãos de crianças com autismo, crianças com outros fatores de risco para autismo e crianças que receberam outras vacinas infantis.
Anders Hviidthis disse que espera que os fatos apresentados em seu trabalho assegurem aos pais ele não devem evitar vacinar seus filhos por medo do autismo.