Eriberto Leão foi escalado para viver Dirceu, irmão de Irene (Glória Pires), nos próximos capítulos de ‘Terra e Paixão’. As informações são da colunista Carla Bittencourt, do Notícias da TV. Segundo ela, o personagem será o abusador de Petra (Débora Ozório).
De acordo com a apuração da jornalista, algumas cenas mostrarão Dirceu observando Petra dormindo e tentando passar a mão nela, dando a entender que foi ele quem cometeu o crime. A jovem, então, se lembrará de todo o horror que viveu, mas ficará com receio de denunciá-lo.
Petra começará a investigar o assunto por conta própria e descobrirá que Graça (Agatha Moreira) também tinha muito medo de seu tio quando era criança, devido a uma tentativa de abuso. Então, irá atrás da moça e assim se sentirá encorajada.
“Aconteceu mais ou menos. Eu tenho tido umas lembranças. Uns sonhos em que eu estou criança e estou sendo abusada por um homem adulto. Eu sempre soube que eu tinha sido abusada, Graça. Só que eu não me lembrava do momento em que aconteceu e nem de quem era o abusador. Mas, agora com a terapia, algumas memórias têm voltado. E, no último sonho, eu vi o rosto do tio Dirceu, sendo que esse sonho foi na noite antes da chegada dele”, dirá Petra, segundo o jornal O Globo.
REVIRAVOLTA
Petra de ‘Terra e Paixão’ tem que lidar com o vício em remédios tarja preta, a depressão, o fardo de ter sido abusada sexualmente na infância, e uma família desestruturada. Porém, a personagem tem apresentado uma evolução na novela das nove.
Ao jornal O Globo, a atriz que a interpreta falou sobre o assunto: “Nunca vivenciei nada parecido. No entanto, a Petra não será mais a mesma. A família vai se surpreender com a nova forma que ela vai olhar o mundo e agir com as questões da vida. O trabalho humanizado da clínica fez muito bem para a sua cabeça. Vocês vão começar a perceber nos próximos capítulos”.
Ela se sente realizada em ser porta-voz de casos de abuso sexual, devido ao que acontece com Petra na trama. “Nunca passei por um relacionamento abusivo, mas acredito que todas nós já experimentamos alguma situação desconfortável. Muitas vezes acontece sem a gente perceber. Só de sermos mulheres corremos esse risco, um absurdo. Já percebi olhares em transporte público, a maneira de ser tocada em festas… A gente vem lutando para que isso mude. Fico feliz em ser porta-voz desse tema tão necessário. Já ouvi relatos muito comoventes. Não tem como a gente não se colocar na dor do outro. O que mais me impressiona são os casos que ocorrem dentro da própria família, com um tio, por exemplo. E os parentes não acreditam na vítima. Isso me toca forte”, disse ao Extra.