O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das lojas Havan, teve seus perfis no Instagram, Facebook e TikTok bloqueados na última terça-feira (23) após uma operação da Polícia Federal.
Ele é investigado pela Justiça por apoiar um golpe de Estado no país. O empresário disse estar sendo “censurado” pelo judiciário.
“Tenho certeza de que este era o objetivo de toda esta narrativa armada contra mim: tentar me calar. Mas sigo tranquilo, pois tenho a consciência limpa e milhões de brasileiros ao meu lado. Desde que me tornei ativista político, luto pela liberdade do cidadão e por um Brasil melhor, mais próspero e justo”, disse em nota.
O site Metrópoles procurou as redes sociais para falar sobre o caso, mas não teve resposta do Facebook e do TikTok e o Instagram disse que não iria se manifestar.
Vale destacar que o colunista Amado, do Metrópoles, revelou que havia conversas entre empresários em um grupo do WhatsApp apoiando um possível golpe de Estado. O Supremo Tribunal Federal (STF) e a Polícia Federal (PF) investigam o caso.
Entre eles, estão: Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da rede de shoppings Multiplan; e José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro.
A PF cumpriu os mandatos em diversas cidades pelo Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, dos perfis nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.
CELULAR APREENDIDO
Na operação, a PF ainda levou o celular de Luciano Hang, segundo relato do empresário.
“Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião”, começou dizendo.
“Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum, falei sobre golpe ou sobre STF. Eu fui vítima da irresponsabilidade de um jornalismo raso, leviano e militante, que infelizmente está em parte das redações pelo Brasil”, acusou.
De acordo com o Metrópoles, quase todos os integrantes do grupo fizeram ataques ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a pessoas e instituições contrárias a Jair Bolsonaro.