Eline Porto estrela ‘Por Elas – O Musical’, em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, a partir de 12 de janeiro. Em entrevista à AnaMaria, a artista falou sobre escrever, produzir e atuar na trama, além de entregar homenagem para mulheres da sua família com estreia como autora no novo espetáculo: “Memória afetiva”.
“Quis fazer um texto em homenagem às mulheres da minha família e a tantas histórias que já ouvi de mulheres incríveis. Já tinha escrito para o audiovisual, mas para teatro é a primeira vez. A sensação é maravilhosa, um misto de frio na barriga com emoção ao ver a resposta do público ali na nossa frente. É muito bacana ver algo que escrevi chegando nas pessoas”, compartilhou Eline Porto.
Com a ideia para a trama durante a pandemia, a autora de ‘Por Elas – O Musical’ também se divide como atriz e produtora para o espetáculo: “Conciliar as funções é sempre um desafio, mas quando estou no palco, estou 100% ali, então me divirto bastante”.
Apaixonada pelas reações dos espectadores, Eline Porto falou sobre o impacto que espera deixar no público: “Espero que essas histórias cheguem no público, que as pessoas se identifiquem, se divirtam e se emocionem. É um projeto feito por mulheres para mulheres com um repertório e temas que acessam muito a nossa memória afetiva”.
Além do espetáculo, a atriz se consagrou como protagonista da montagem de ‘Bonnie e Clyde’ e chegou a receber indicações recentes aos Prêmios Bibi Ferreira e Destaque Imprensa Digital pela atuação. “Foi intenso. Muito estudo e pesquisa para viver Bonnie Parker, a ruiva encantadora. Essa personagem é uma montanha-russa emocional, pois começo a história como uma moça cheia de sonhos que vai se transformando em uma sanguinária obsessiva por sucesso”, comentou Eline Porto.
“Uma delícia para uma construção cheia de nuances. Sou muito grata aos jurados do Bibi Ferreira e do DID pelas indicações, pois é um reconhecimento do meu trabalho, das muitas horas, meses dedicados a esse projeto”, completou sobre as indicações.
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Eline Porto aproveitou o momento para explicar sua paixão pelo trabalho: “Amo contar histórias. Sejam brasileiras, sejam grandes títulos da Broadway. A gente se empresta para os personagens, e falar sobre temas e universos diferentes me encanta enquanto artista. Tento escolher títulos que se comuniquem com a realidade brasileira. ‘Bonnie e Clyde’, por exemplo, é americano, mas fala sobre questões como desigualdade social. O resultado dele, na prática, é o que vivemos todos os dias, também, aqui no nosso país”.
FOTOS: JULIANA COLINAS