Doris Monteiro morreu na madrugada desta segunda-feira (24), no Rio de Janeiro (RJ). A cantora era considerada uma das precursoras da bossa nova – atingindo grande sucesso nacional ao longo dos anos 1950. Ela faleceu com 88 anos.
De acordo com a família, a morte aconteceu em sua casa devido ‘causas naturais’. Não foram divulgadas informações sobre o velório e o enterro da artista até o momento de publicação desta nota.
VIDA E CARREIRA
Nascida Adelina Doris Monteiro, a carioca começou a cantar profissionalmente com apenas 15 anos. Suas primeiras aparições foram em programas de calouros no rádio – em que se apresentava em francês.
O sucesso veio nos anos 1950, quando Doris se consagrou como uma das maiores intérpretes do país. Sua voz macia se destacava em uma cena dominada por interpretações sentimentais, como Angela Maria e Dalva Oliveira.
Ela lançou em primeiro álbum em 1951. No ano seguinte, foi eleita como a ‘Rainha dos Cadetes’. Em apenas 5 anos, foram produzidos 15 discos e 78 rotações – com destaque para ‘Se você se importasse’ (Peter Pan, 1951) e ‘Dó ré mi’ (Fernando César, 1955).
Doris também chegou a trabalhar no cinema. Ela participou de cerca de 10 filmes, atuando ao lado de Mazzaroppi, José Lewgoy, Tônia Carrero e Eliana Macedo em algumas das produções.
Entre 1960 e 1970, Doris Monteiro mudou o estilo de composições ao adotar um tom mais maduro. Foi então que foram produzidos trabalhos com Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Roberto Menescal e Vinícius de Moraes.
Em 2020, a cantora se juntou a Claudette Soares e a Eliana Pittman para gravar um disco com o registro do show ‘As divas do sambalanço’ – apresentado pelas três em diferentes cantos do país ao longo de 2019.