O tema que vou abordar nesta coluna pode parecer para a minha cara leitora paradoxal, porque se de um lado é absolutamente grato, por outro me trouxe muitos dissabores. Explico: sempre tive uma inclinação voltada para a raça negra. Uma inexplicável atração afetiva… E, contra tudo e todos, em um tempo de preconceito radical, casei com um negro.
Esse é o lado que me trouxe problemas terríveis: sofri todo tipo de humilhação, pois se um negro já era marginalizado, a mulher branca casada com um negro era menos que nada, era uma “coisa” para ser cuspida no rosto, desrespeitada por todos os homens, sem direito a amigos e absolutamente segregada. Segurei a barra. O casamento não foi adiante, não pela pressão social, mas por sérios motivos pessoais.
Mas o lado alegre e encantador dessa coluna quem me oferece é o lindíssimo casal, que amo de paixão, Taís Araújo e Lázaro Ramos, dois esbanjadores de talento, lindos, dignos! Recentemente, Taís declarou que sentiu-se feliz por uma nota em uma revista que dizia que os dois eram o casal mais digno de representantes da raça negra.
Saiba, linda Taís, que a revista não lhe fez nenhum favor. Você e Lázaro são para mim e para todas as pessoas justas e generosas uma grande alegria, um sinal de que, devagar, as coisas estão mudando. A ignorância dá lugar a luz! E quer saber? Casei novamente com um negro, depois me separei e então encontrei o amor da minha vida. Adivinha a cor do amor?
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