Recentemente, o X, antigo Twitter, enfrentou um bloqueio judicial no Brasil determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, para surpresa de muitos usuários, a plataforma conseguiu retornar por meio da Cloudflare, empresa americana que fornece soluções de segurança digital e otimização de desempenho.
Como a Cloudflare permitiu o retorno do X?
O bloqueio ao X se deu por meio da restrição dos endereços IP pelos provedores de internet. Porém, o X recorreu à Cloudflare, que mascara os IPs originais, redirecionando o tráfego da rede social por servidores globais. Isso dificulta o rastreamento do endereço real da plataforma, criando uma camada de proteção que impede o bloqueio eficaz. Basicamente, em vez de acessar diretamente os servidores do X, o que os provedores veem é o IP da Cloudflare, que hospeda uma grande quantidade de sites.
O que é a Cloudflare?
A Cloudflare é uma empresa americana especializada em segurança e otimização de tráfego na internet. Fundada em 2009, ela oferece serviços como CDN (Content Delivery Network) e proteção contra ataques de DDoS (ataques de negação de serviço), além de soluções de firewall e gerenciamento de DNS (Domain Name System). Seu grande diferencial está em como distribui o tráfego entre servidores ao redor do mundo, garantindo não apenas velocidade, mas também proteção contra rastreamento de IPs.
Por que o bloqueio se torna mais difícil?
A tecnologia de CDN da Cloudflare distribui o conteúdo entre múltiplos servidores globais. Isso faz com que, mesmo que o bloqueio seja imposto em uma determinada região, como o Brasil, o tráfego possa ser roteado de outro lugar, mantendo o site acessível. Além disso, bloquear todos os IPs da Cloudflare afetaria milhões de outros sites, o que seria impraticável para os provedores de internet.
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