A volta às aulas no Colégio Maxi, em Cuiabá, capital do Mato Grosso, foi marcada por protestos e indignação com o possível retorno à escola da adolescente responsável pela morte de Isabele Guimarães, em 12 de Julho de 2020. O crime aconteceu na mansão da família Cestari no condomínio Alphaville.
Segurando cartazes com frases como “Lugar de assassina é na cadeia, não na escola”, os alunos do colégio criaram um abaixo-assinado contra o retorno da menor que atirou à queima roupa no rosto de Isabele, que, como ela, tinha 14 anos.
“A menor assassina da Isabele Guimarães está tentando voltar para o Colegio Maxi, local onde estudam diversas pessoas que eram amigas da Bel. Pela segurança e pela saúde mental de todos aqueles que estudam no Maxi, peço para que assinem esse abaixo-assinado para provarmos que não é seguro estar no mesmo ambiente que ela”, descreve-se o abaixo-assinado intitulado de “Justiça por Bele”.
O link já conta com mais de 1500 assinaturas e vem acompanhado de uma hashtag de mesmo nome no Twitter. Segundo registros pessoais da própria família da atiradora, a prática de tiro esportivo e a posse de armas de fogo eram comuns na casa, o que foi lembrado por internautas usando a tag.
Ainda de acordo com a perícia, o tiro pode ter sido acidental, mas o ângulo da entrada da munição comprova que houve mira antes do gatilho ser puxado, e que o modelo da arma do crime não dispara sozinho.
Quem puder reposta #justicaporbele pic.twitter.com/gbcneac6UI
— Bruna Barbosa (@BrunaBa61893908) July 25, 2022
ATIRADORA SOLTA
A garota condenada pelo crime era melhor amiga de Isabele e passou mais de um ano em um centro de reclusão para menores. Devido a uma decisão da Terceira Câmara Criminal do TJMT, entretanto, o crime passou a ser considerado homicídio culposo, o que garantiu a soltura da menina no início de Junho.
A mudança aconteceu após o afastamento da juíza responsável pelo caso, Cristiane Padim, que relatou frieza, hostilidade, desamor e desumanidade por parte da menor ao cometer o crime, justificando a reclusão da adolescente.
O processo tramita em segredo de Justiça.